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País mira tática de "Senhor dos Anéis"
DA REPORTAGEM LOCAL
O modelo dos "sonhos" da indústria cinematográfica brasileira
é o adotado para a megaprodução
da saga "O Senhor dos Anéis", cuja terceira parte foi a grande vencedora do Oscar deste ano.
Produto de Hollywood, a trilogia foi rodada na Nova Zelândia
com todos os incentivos governamentais imagináveis. O envolvimento do governo é tanto que há
um minister of the Rings (ministro dos Anéis), que cuida de trâmites relacionados à produção.
Com o sucesso estrondoso de
bilheteria da série no mundo todo, os holofotes da indústria cinematográfica internacional se voltaram ainda mais à já efervescente
produção da Nova Zelândia.
Outro crescente "paraíso audiovisual" é sua vizinha Austrália,
que ganhou até um pólo de cinema da Universal Studios, uma das
grandes produtoras dos EUA.
O governo brasileiro se diz interessado em fomentar esse mercado internacional. Ministérios da
Cultura e do Turismo estão em
negociação para a implementação de "film commissions" no
país. Seriam departamentos ligados a governos estaduais e ao federal, para organizar e incentivar
a indústria audiovisual. "A intenção é montar um escritório nacional em Brasília, ligado à FFC [federação de "film commissions"
dos EUA]. Pretendemos começar
neste segundo semestre para que
a regionalização já seja forte a partir de 2005", diz à Folha Leopoldo
Nunes, chefe de gabinete da secretaria do Audiovisual do MinC.
Já a privada FilmBrazil, associação com o objetivo de melhorar as
condições para que os estrangeiros produzam no Brasil, tem um
site que diz: "O que há em Hollywood temos aqui".
(LM)
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