São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010

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CRÍTICA POP

Banda inglesa Keane esquece melodias pop e cria um mini-álbum medíocre

DE SÃO PAULO

Por culpa de suas canções lentas, com temas românticos, o Keane será eternamente colocado no mesmo saco de bandas britânicas como Coldplay e Travis. Não é por aí. O Keane afasta-se das lamentações e do clima forçosamente triste para criar faixas otimistas, que nos levam para cima.
É o que o trio nos oferece neste EP de oito músicas, "Night Train". Mas o resultado não é animador.
Logo de cara, o que chama a atenção no disco é a participação do rapper canadense K'Naan em duas faixas: "Looking Back" e "Stop for a Minute". Keane e rap? Sim. E não combina.
Soa como se a banda quisesse ganhar uma aura "urbana", "contemporânea", de artista que "arrisca". No final, as músicas saem mancas, tacanhas, não traz o frescor pop que é a principal característica do Keane.
Esta banda ganhou público e vendeu mais de 10 milhões de cópias graças ao talento em criar melodias pegajosas, mas não apelativas, como nas antigas "Somewhere Only We Know" e "Is It Any Wonder?".
Não há nada parecido aqui. A banda patina (em "Back in Time" e "Your Love"), e escorrega em composições medíocres. (THIAGO NEY)


NIGHT TRAIN

ARTISTA Keane
GRAVADORA Universal
QUANTO R$ 30, em média
AVALIAÇÃO ruim




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