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Documentário
Programa compila as asneiras de Aznar
LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Treze explosões que deixaram um saldo de 191 mortos e
quase 2.000 feridos e puseram
fim à ambição do ex-premiê espanhol José María Aznar de articular a perpetuação do Partido Popular no poder. É do intervalo entre o estouro das
bombas nas estações madrilenhas, em 11 de março de 2004, e
a implosão do PP nas urnas,
três dias depois, que trata o documentário "72 Horas".
A produção ouve análises de
jornalistas de diferentes veículos e latitudes (nativos e correspondentes estrangeiros) sobre
como a recusa de Aznar em
deslocar do ETA a suspeição
sobre a autoria dos atentados
interferiu no humor eleitoral
dos espanhóis. Indo contra todos os indícios (como modus
operandis e tipo de explosivo
estranhos aos habitualmente
empregados pelos terroristas
bascos), Aznar bateu pé sobre o
algoz oficial e "sugeriu" que pelo menos seis correspondentes
fizessem o mesmo.
Quando, na véspera do pleito, manifestações populares se
multiplicaram à frente de representações do PP, ele vestiu
de carrascos a mídia e o Partido
Socialista, que teriam atiçado
as massas. A essa altura, a contraditória participação do país
na Guerra do Iraque -até então peso morto na eleição- voltara a influenciar o voto e o barco de Aznar começava a zarpar
do Palácio da Moncloa.
72 HORAS
Quando : hoje, às 15h
Onde : History Channel
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