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CRÍTICA DRAMA
Herói solitário contrasta com burocratas em "Os Eleitos"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não chega a espantar que
"Os Eleitos" (TCM, 22h, 12
anos) não tenha sido um
grande sucesso de público.
Afinal, aqui se poderia esperar a revelação dos heróis
de uma nova era, os astronautas, mas não é bem o que
acontece.
Ao adaptar o romance de
Tom Wolfe, Philip Kaufman
organiza seu filme numa estrutura que, como ressalta o
crítico Danny Peary (citado
no "All Movie Guide"), remete ao John Ford de "O Homem que Matou o Facínora".
Lá, James Stewart fica com
as glórias por matar um bandido que, na verdade, foi
John Wayne quem matou.
Stewart tinha, no entanto,
"the right stuff". Como os astronautas pioneiros daqui.
Para Kaufman, porém, o
único herói de fato, na tradição, é o solitário piloto Chuck
Yeager. Mas o tempo dos heróis acabou. A nova era pertence aos heróis robóticos,
burocratas, pouco poéticos,
mas certos para o papel a desempenhar.
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