São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

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CRÍTICA DRAMA

Herói solitário contrasta com burocratas em "Os Eleitos"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não chega a espantar que "Os Eleitos" (TCM, 22h, 12 anos) não tenha sido um grande sucesso de público.
Afinal, aqui se poderia esperar a revelação dos heróis de uma nova era, os astronautas, mas não é bem o que acontece.
Ao adaptar o romance de Tom Wolfe, Philip Kaufman organiza seu filme numa estrutura que, como ressalta o crítico Danny Peary (citado no "All Movie Guide"), remete ao John Ford de "O Homem que Matou o Facínora".
Lá, James Stewart fica com as glórias por matar um bandido que, na verdade, foi John Wayne quem matou. Stewart tinha, no entanto, "the right stuff". Como os astronautas pioneiros daqui.
Para Kaufman, porém, o único herói de fato, na tradição, é o solitário piloto Chuck Yeager. Mas o tempo dos heróis acabou. A nova era pertence aos heróis robóticos, burocratas, pouco poéticos, mas certos para o papel a desempenhar.


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