São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 2002

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"BEIJANDO JESSICA STEIN"

Longa explora amor entre mulheres

ADRIANE GRAU
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Para as mulheres solteiras que vivem reclamando da dificuldade de arrumar um namorado, o filme "Beijando Jessica Stein" oferece uma solução criativa: arrume uma namorada.
O filme que foi sucesso nos EUA no início deste ano começou como uma peça de teatro que ficou em cartaz apenas seis noites numa sala pequena do circuito "off-off-Broadway" em Nova York no final de 1997.
As atrizes Jennifer Westfeldt, 31, e Heather Juergensen, 32, tinham se conhecido num curso rápido de teatro e resolveram usar seu tempo livre para inventar cenas sobre relacionamentos entre casais. A partir daí acabaram escrevendo a peça.
O tititi em torno do tema começou rapidamente. "Meu agente viu a peça, e os estúdios se interessaram", diz Westfeldt.
Apesar de fazerem cenas de amor superconvicentes na tela, as duas negam que tenham se apaixonado na vida real. "Não romanticamente", diz Westfeldt, enquanto ri. "Ambas estamos em relacionamentos sérios há mais de quatro anos", continua.
Segundo elas, é comum a fantasia de namorar a melhor amiga. "Muita mulheres olham para suas amigas e vêm que elas têm muito mais qualidades e complexidades que vários homens", diz Westfeldt. "A fantasia é que, se apenas o componente sexual está faltando e você pode dar um jeitinho, fica tudo perfeito."
Ela conta ainda que várias mulheres que foram ver a peça confessaram que haviam tido experiências semelhantes. "Vinham falar conosco depois da peça para contar que tinham tido um namorico na faculdade, ou no acampamento de verão", lembra Juergensen. "Teve gente que voltou para os namorados e outras que mudaram de time de vez."
Juergensen afirma que beijou outras garotas quando era adolescente. "Quando eu tinha uns 12 anos", diz. "Mas é muito diferente beijar uma mulher de quase 30 anos." Já Westfeldt era virgem nesta área. "Ela foi minha primeira mulher."
Lesbianismos à parte, o filme tem diálogos impagáveis e momentos inesquecíveis, com cenas improvisadas pelas atrizes e diálogos criados durante longas caminhadas em Los Angeles.



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