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"BEIJANDO JESSICA STEIN"
Longa explora amor entre mulheres
ADRIANE GRAU
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
Para as mulheres solteiras que
vivem reclamando da dificuldade
de arrumar um namorado, o filme "Beijando Jessica Stein" oferece uma solução criativa: arrume
uma namorada.
O filme que foi sucesso nos EUA
no início deste ano começou como uma peça de teatro que ficou
em cartaz apenas seis noites numa sala pequena do circuito "off-off-Broadway" em Nova York no
final de 1997.
As atrizes Jennifer Westfeldt, 31,
e Heather Juergensen, 32, tinham
se conhecido num curso rápido
de teatro e resolveram usar seu
tempo livre para inventar cenas
sobre relacionamentos entre casais. A partir daí acabaram escrevendo a peça.
O tititi em torno do tema começou rapidamente. "Meu agente
viu a peça, e os estúdios se interessaram", diz Westfeldt.
Apesar de fazerem cenas de
amor superconvicentes na tela, as
duas negam que tenham se apaixonado na vida real. "Não romanticamente", diz Westfeldt, enquanto ri. "Ambas estamos em
relacionamentos sérios há mais
de quatro anos", continua.
Segundo elas, é comum a fantasia de namorar a melhor amiga.
"Muita mulheres olham para suas
amigas e vêm que elas têm muito
mais qualidades e complexidades
que vários homens", diz Westfeldt. "A fantasia é que, se apenas
o componente sexual está faltando e você pode dar um jeitinho, fica tudo perfeito."
Ela conta ainda que várias mulheres que foram ver a peça confessaram que haviam tido experiências semelhantes. "Vinham
falar conosco depois da peça para
contar que tinham tido um namorico na faculdade, ou no acampamento de verão", lembra Juergensen. "Teve gente que voltou
para os namorados e outras que
mudaram de time de vez."
Juergensen afirma que beijou
outras garotas quando era adolescente. "Quando eu tinha uns 12
anos", diz. "Mas é muito diferente
beijar uma mulher de quase 30
anos." Já Westfeldt era virgem
nesta área. "Ela foi minha primeira mulher."
Lesbianismos à parte, o filme
tem diálogos impagáveis e momentos inesquecíveis, com cenas
improvisadas pelas atrizes e diálogos criados durante longas caminhadas em Los Angeles.
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