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FILMES
Buffy, a Caça-Vampiros
Globo, 15h40.
(Buffy, the Vampire Slayer). EUA, 1992,
98 min. Direção: Frank Rubel Kazui. Com
Kristy Swanson, Luke Perry, Donald
Sutherland, Rutger Hauer. Buffy, uma
típica jovem norte-americana, sabe certo
dia, por um estranho (Sutherland), que
sua missão na vida é exterminar os
vampiros que infestam Los Angeles. Ela
vai à luta.
Corpo Fechado
SBT, 22h30.
(Unbreakable). EUA, 2000, 107 min.
Direção: M. Night Shyamalan. Com Bruce
Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright
Penn, Spencer Treat Clark. Após
sobreviver a um desastre terrível, Willis
descobre que possui dons raros, para não
dizer únicos. "Thriller" fantástico, à
maneira do que Shyamalan inaugurou
com "O Sexto Sentido". Será que o
diretor-roteirista está entrando numa
prisão?
Treinada para Matar
Record, 22h30.
(Supreme Sanction). EUA, 1998, 95 min.
Direção: John Terlewsky. Com Michael
Madsen, Kristy Swanson, David Dukes.
Assassina profissional a serviço do
governo dos EUA poupa a vida de
repórter de TV, o que lhe trará muita dor
de cabeça. Ou seja, se tornará o alvo
preferencial de seu antigo patrão.
"Thriller" policial feito para TV.
Os Amores de Picasso
SBT, 3h.
(Surviving Picasso). EUA, 1996, 125 min.
Direção: James Ivory. Com Anthony
Hopkins, Julianne Moore, Natascha
McElhone. O filme é baseado num livro
chamado "Picasso, Criador e Destruidor",
sobre o famoso pintor. O destruidor, no
caso, aplica-se às mulheres com quem
viveu, e esse é o centro deste filme bem à
maneira de Ivory: correto, acadêmico,
com atores bem dirigidos (Hopkins faz o
próprio Pablo Picasso).
(IA)
Sobre casais de respeito
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Eleanor e Franklin - Os
Anos da Casa Branca"
(Max Prime, 19h45) é um
filme feito para TV, em que
Eleanor Roosevelt recorda
os últimos anos vividos
com o marido, Franklin, na
Casa Branca.
Franklin, como se sabe,
foi presidente dos EUA desde 1933 até sua morte, em
1945. Eleanor, sua prima, foi
uma mulher da estatura do
marido. Franklin pegou o
país em frangalhos, na Depressão, instaurou o New
Deal, enfrentou e venceu a
guerra contra a Alemanha e
o Japão.
Foi, provavelmente, o estadista norte-americano
central do século 20. É quase certo que Franklin e Eleanor tenham tido relações
sexuais. O filme de Daniel
Petrie não as mostra, ao
contrário de nosso "Olga",
por exemplo. Talvez seja essa a diferença entre o cinema do Brasil e dos EUA.
DOCUMENTÁRIO
Filme mostra versão chavista do golpe
FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO
Em abril de 2002, os irlandeses
Kim Bartley e Donnacha O'Briain
estavam na Venezuela com o objetivo de fazer um documentário
sobre o tenente-coronel eleito
presidente, Hugo Chávez, mas se
viram dentro do Palácio Miraflores durante um confuso e sangrento golpe de Estado e acabaram registrando momentos cruciais de um dos episódios mais
importantes da recente história
latino-americana.
Claramente simpático ao governo, "A Revolução Não Será Televisionada" registra os enfrentamentos pelas ruas de Caracas do
dia 11 de abril, que deixaram 17
mortos à bala, a prisão de Chávez
e a sua volta, 48 horas depois.
O registro em primeira mão dos
irlandeses tem importância histórica porque se transformou no
mais importante "contraponto
visual" à cobertura televisiva do
golpe midiático-cívico-militar.
Envolvidas na trama, as emissoras de TV privadas claramente
manipularam os eventos, atribuindo as mortes ao governo,
afirmando que Chávez havia renunciado, cobrindo a posse do
empresário Pedro "o Breve" Carmona e ignorando a volta do presidente a Miraflores.
Já o governo ficou isolado ao
perder o controle do canal público VTV, no qual Chávez agora investe pesado, embora sem produzir um telejornalismo melhor do
que o de seus concorrentes.
Com a permanência de Chávez
no poder -ratificada com a vitória no plebiscito de 15 de agosto-, o documentário está rapidamente deixando de ter o tom de denúncia e passando a ter o status de
versão oficial. Na cobertura do
plebiscito, centenas de jornalistas
estrangeiros receberam do governo uma cópia em DVD do filme.
O especial é uma importante introdução para entender o processo venezuelano, mas a história do
golpe extrapola o filme e não começa em abril de 2002. Mais que
um documentário, é um importante documento.
A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ
TELEVISIONADA. Quando: hoje, às
22h30, na TV Câmara.
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