São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

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FILMES

Buffy, a Caça-Vampiros
Globo, 15h40.
  
(Buffy, the Vampire Slayer). EUA, 1992, 98 min. Direção: Frank Rubel Kazui. Com Kristy Swanson, Luke Perry, Donald Sutherland, Rutger Hauer. Buffy, uma típica jovem norte-americana, sabe certo dia, por um estranho (Sutherland), que sua missão na vida é exterminar os vampiros que infestam Los Angeles. Ela vai à luta.

Corpo Fechado
SBT, 22h30.
   
(Unbreakable). EUA, 2000, 107 min. Direção: M. Night Shyamalan. Com Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright Penn, Spencer Treat Clark. Após sobreviver a um desastre terrível, Willis descobre que possui dons raros, para não dizer únicos. "Thriller" fantástico, à maneira do que Shyamalan inaugurou com "O Sexto Sentido". Será que o diretor-roteirista está entrando numa prisão?

Treinada para Matar
Record, 22h30.
 
(Supreme Sanction). EUA, 1998, 95 min. Direção: John Terlewsky. Com Michael Madsen, Kristy Swanson, David Dukes. Assassina profissional a serviço do governo dos EUA poupa a vida de repórter de TV, o que lhe trará muita dor de cabeça. Ou seja, se tornará o alvo preferencial de seu antigo patrão. "Thriller" policial feito para TV.

Os Amores de Picasso
SBT, 3h.
  
(Surviving Picasso). EUA, 1996, 125 min. Direção: James Ivory. Com Anthony Hopkins, Julianne Moore, Natascha McElhone. O filme é baseado num livro chamado "Picasso, Criador e Destruidor", sobre o famoso pintor. O destruidor, no caso, aplica-se às mulheres com quem viveu, e esse é o centro deste filme bem à maneira de Ivory: correto, acadêmico, com atores bem dirigidos (Hopkins faz o próprio Pablo Picasso). (IA)

Sobre casais de respeito

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Eleanor e Franklin - Os Anos da Casa Branca" (Max Prime, 19h45) é um filme feito para TV, em que Eleanor Roosevelt recorda os últimos anos vividos com o marido, Franklin, na Casa Branca.
Franklin, como se sabe, foi presidente dos EUA desde 1933 até sua morte, em 1945. Eleanor, sua prima, foi uma mulher da estatura do marido. Franklin pegou o país em frangalhos, na Depressão, instaurou o New Deal, enfrentou e venceu a guerra contra a Alemanha e o Japão.
Foi, provavelmente, o estadista norte-americano central do século 20. É quase certo que Franklin e Eleanor tenham tido relações sexuais. O filme de Daniel Petrie não as mostra, ao contrário de nosso "Olga", por exemplo. Talvez seja essa a diferença entre o cinema do Brasil e dos EUA.

DOCUMENTÁRIO

Filme mostra versão chavista do golpe

FABIANO MAISONNAVE
DA REDAÇÃO

Em abril de 2002, os irlandeses Kim Bartley e Donnacha O'Briain estavam na Venezuela com o objetivo de fazer um documentário sobre o tenente-coronel eleito presidente, Hugo Chávez, mas se viram dentro do Palácio Miraflores durante um confuso e sangrento golpe de Estado e acabaram registrando momentos cruciais de um dos episódios mais importantes da recente história latino-americana.
Claramente simpático ao governo, "A Revolução Não Será Televisionada" registra os enfrentamentos pelas ruas de Caracas do dia 11 de abril, que deixaram 17 mortos à bala, a prisão de Chávez e a sua volta, 48 horas depois.
O registro em primeira mão dos irlandeses tem importância histórica porque se transformou no mais importante "contraponto visual" à cobertura televisiva do golpe midiático-cívico-militar.
Envolvidas na trama, as emissoras de TV privadas claramente manipularam os eventos, atribuindo as mortes ao governo, afirmando que Chávez havia renunciado, cobrindo a posse do empresário Pedro "o Breve" Carmona e ignorando a volta do presidente a Miraflores.
Já o governo ficou isolado ao perder o controle do canal público VTV, no qual Chávez agora investe pesado, embora sem produzir um telejornalismo melhor do que o de seus concorrentes.
Com a permanência de Chávez no poder -ratificada com a vitória no plebiscito de 15 de agosto-, o documentário está rapidamente deixando de ter o tom de denúncia e passando a ter o status de versão oficial. Na cobertura do plebiscito, centenas de jornalistas estrangeiros receberam do governo uma cópia em DVD do filme.
O especial é uma importante introdução para entender o processo venezuelano, mas a história do golpe extrapola o filme e não começa em abril de 2002. Mais que um documentário, é um importante documento.


A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA. Quando: hoje, às 22h30, na TV Câmara.


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