São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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CRÍTICA COMÉDIA

"Beto Rockfeller" lançou ideais de parte do cinema brasileiro atual

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Beto Rockfeller" (Canal Brasil, 18h30, livre) é uma espécie de precursor de parte do cinema brasileiro atual. Feito em 1970, se apoiava no êxito da novela de Braulio Pedroso, que revolucionara a TV pouco tempo antes.
Seu diretor e roteirista, Olivier Perroy, era dedicado ao cinema publicitário. O ator principal, Luis Gustavo, tinha feito o papel do pobretão que usa a simpatia para se fazer passar por milionário.
O Brasil estava à beira do chamado milagre econômico e, ao mesmo tempo, sob férrea ditadura. O sucesso individual era cultivado: uma espécie de antídoto aos ideais socialistas que rolavam sobretudo entre os jovens.
Visto na época, o filme parecia ambíguo e menos crítico que a novela. Talvez porque a busca do "bem feito", esse ideal publicitário, se destacasse. Por isso, a rever.


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