São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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ARTES PLÁSTICAS

Exposição revê as três fases da polonesa Fayga Ostrower

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

A Caixa Cultural, no Rio, inaugura hoje "Os Caminhos de Fayga Ostrower", com 116 obras de uma das maiores gravuristas do Brasil, país onde a polonesa chegou aos 13 anos. "Além do ambiente social e político, as luzes e cores do Brasil influenciaram o trabalho de Fayga", avalia a curadora, Anna Bella Geiger.
Ela selecionou gravuras em metal, xilogravuras, litografias, serigrafias, desenhos e aquarelas das seis décadas de atividade da artista. A primeira fase compreende os anos 40. "São trabalhos expressionistas, figurativos, marcados por um engajamento social e político", diz.
No início dos anos 50, a artista migrou para a abstração. Nesse período, a influência de Cézanne (1839-1906) foi grande. "Ela transpôs as camadas de cor das pinceladas cezannianas para as matrizes. Há tramas que são típicas das últimas obras de Cézanne", compara.
Longe do concretismo, Fayga traçou um percurso pessoal na arte brasileira, com "autonomia total", como ressalta a curadora. Sua terceira fase a vê "expandindo a superfície da cor". "Ela trabalha menos com recortes e muito com longas linhas", observa Geiger.


OS CAMINHOS DE FAYGA OSTROWER
Quando: de ter. a dom., das 10h às 22h
Onde: Caixa Cultural (av. Almirante Barroso, 25, RJ, tel. 0/xx/21/2262-5483); até 5/11
Quanto: entrada franca


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