São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA NOVELA

'Cordel' não seguiu repente alheio e mostrou conto de fadas melhor que o de William e Kate

KEILA JIMENEZ
COLUNISTA DA FOLHA

Uma monarquia fictícia, pop, hilária, mistura de cultura brasileira e crítica social. Quando "Cordel Encantado" nasceu, cheirava a releitura de outro sucesso televisivo, "Que Rei Sou Eu", novela exibida pela Globo em 1989.
Que bom que me enganei. "Cordel" não seguiu o repente alheio. O adocicado folhetim das 18h embalou em sua própria rima. Pouco realista, mas tão crível.
A audiência feminina, forte no horário, agradece pelo príncipe da vez: Jesuíno (Cauã Reymond). Pinta de cangaceiro e nada de cavalo branco. E com uma generosa genética. Em tempos de galãs que levitam, caçam dinossauros e enganam mãe, é fácil sonhar ser a Maria Bonita de Domingos Montagner.
A mocinha predestinada, Açucena (Bianca Bin), foi Cinderela, Bela Adormecida e Julieta com sotaque nordestino. O vilão Highlander (que nunca morria), Timóteo (Bruno Gagliasso), literalmente suou a camisa na reta final.
Imagens de um mundo perdido no tempo, captadas por tecnologia de ponta.
Do figurino primoroso de época, peças poderiam ilustrar os modernos editoriais de moda. Morreria pela saia de couro longa que Dora (Nathállia Dill) tanto arrastou pela poeira de Brogodó.
Luís Fernando Guimarães escolheu a melhor hora para voltar às novelas.
Se Kate e William tivessem visto, morreriam de inveja desse conto de fadas surreal e encantado.

CORDEL ENCANTADO
avaliação ótimo



Texto Anterior: Televisão/Outro Canal - Keila Jimenez: Ibope ganha rival: Nielsen medirá audiência no Brasil
Próximo Texto: Melhor do Dia
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.