São Paulo, sábado, 26 de setembro de 1998

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TELEVISÃO
Série da Cultura mostra que arte é profissão

da Reportagem Local

A TV Cultura estréia no dia 5 de outubro, às 20h, o programa "Oficinas Culturais na TV". A nova atração quer mostrar ao telespectador que arte é uma profissão e despertar aptidões.
A série, que será apresentada de segunda a sexta, se baseia no projeto "Oficinas Culturais", realizado pela Secretaria de Cultura do Estado e que consistia em pequenos workshops que apresentavam as profissões ligadas à arte.
Os programas para TV são uma co-produção entre a Cultura e a Companhia de Notícias. São 40 episódios, dos quais 20 estão sendo lançados agora. Os primeiros seis capítulos vão falar de teatro. Em seguida, a série aborda arte e educação, patrimônio histórico e cinema e vídeo.
"Descobrimos que diversas pessoas não conhecem o funcionamento de certas profissões. Elas não sabem, por exemplo, que numa peça teatral há escritor, diretor, iluminador e figurinista. Acham que o ator, a estrela, faz tudo. E o admiram também por isso", diz Dario Vizeu Filho, um dos diretores de criação.
A fórmula do programa tenta mostrar de uma forma engraçada e agradável o funcionamento de cada profissão com exemplos presentes no cotidiano das pessoas. Para tentar alcançar esses resultados, a equipe de produção utilizou como recurso as "oficinas de rua", que criavam uma situação e aproveitavam as reações das pessoas diante das câmeras.
"O texto e a improvisação das ruas são muito bons. Você só precisava montar uma câmera e as pessoas faziam o resto", conta Marcelo Tas, também diretor de criação.
No primeiro episódio, um ator vai ao centro de São Paulo, sobe num caixote e começa a declamar textos de William Shakespeare. O programa mescla as situações criadas com as definições da arte feitas por críticos e diretores de teatro.
Em outro capítulo, sobre o patrimônio histórico, pessoas que passam pelo centro tentam definir "tombamento". O termo se relaciona a colocar um prédio sob a guarda do Estado, mas diversos entrevistados acham que significa demolir um edifício.
Depois, são convidadas a dizer o que mudariam nos prédios históricos da cidade. As mudanças sugeridas surgem logo em seguida, feitas por computação gráfica.
"Não queremos ser escola, mas sim, leves. Ajudar o eletricista desempregado, por exemplo, a escolher uma nova profissão que use suas aptidões", diz Jorge da Cunha Lima, presidente da Fundação Padre Anchieta (gestora da Cultura). A primeira fase do projeto será reprisada até março, quando serão exibidos 20 novos programas.



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