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TELEVISÃO
Série da Cultura mostra que arte é profissão
da Reportagem Local
A TV Cultura estréia no dia 5 de
outubro, às 20h, o programa
"Oficinas Culturais na TV". A
nova atração quer mostrar ao telespectador que arte é uma profissão e despertar aptidões.
A série, que será apresentada de
segunda a sexta, se baseia no projeto "Oficinas Culturais", realizado pela Secretaria de Cultura do
Estado e que consistia em pequenos workshops que apresentavam
as profissões ligadas à arte.
Os programas para TV são uma
co-produção entre a Cultura e a
Companhia de Notícias. São 40
episódios, dos quais 20 estão sendo lançados agora. Os primeiros
seis capítulos vão falar de teatro.
Em seguida, a série aborda arte e
educação, patrimônio histórico e
cinema e vídeo.
"Descobrimos que diversas pessoas não conhecem o funcionamento de certas profissões. Elas
não sabem, por exemplo, que numa peça teatral há escritor, diretor, iluminador e figurinista.
Acham que o ator, a estrela, faz tudo. E o admiram também por isso", diz Dario Vizeu Filho, um
dos diretores de criação.
A fórmula do programa tenta
mostrar de uma forma engraçada
e agradável o funcionamento de
cada profissão com exemplos presentes no cotidiano das pessoas.
Para tentar alcançar esses resultados, a equipe de produção utilizou
como recurso as "oficinas de
rua", que criavam uma situação e
aproveitavam as reações das pessoas diante das câmeras.
"O texto e a improvisação das
ruas são muito bons. Você só precisava montar uma câmera e as
pessoas faziam o resto", conta
Marcelo Tas, também diretor de
criação.
No primeiro episódio, um ator
vai ao centro de São Paulo, sobe
num caixote e começa a declamar
textos de William Shakespeare. O
programa mescla as situações
criadas com as definições da arte
feitas por críticos e diretores de
teatro.
Em outro capítulo, sobre o patrimônio histórico, pessoas que passam pelo centro tentam definir
"tombamento". O termo se relaciona a colocar um prédio sob a
guarda do Estado, mas diversos
entrevistados acham que significa
demolir um edifício.
Depois, são convidadas a dizer o
que mudariam nos prédios históricos da cidade. As mudanças sugeridas surgem logo em seguida,
feitas por computação gráfica.
"Não queremos ser escola, mas
sim, leves. Ajudar o eletricista desempregado, por exemplo, a escolher uma nova profissão que use
suas aptidões", diz Jorge da Cunha Lima, presidente da Fundação
Padre Anchieta (gestora da Cultura). A primeira fase do projeto será
reprisada até março, quando serão exibidos 20 novos programas.
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