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Vida mundana é tema de Martins
DA SUCURSAL DO RIO
Luís Martins passa por um momento de redescoberta. Em 2003,
sua filha, Ana Luisa Martins, lançou pela editora Planeta "Aí Vai
Meu Coração -As Cartas de Tarsila do Amaral e Anna Maria Martins para Luís Martins". O livro
começou a jogar nova luz sobre a
vida e a obra do escritor.
Até conhecer Tarsila, Martins
admirava as artes plásticas de modo diletante. A convivência com a
pintora, a vida cultural em São
Paulo e estudos o transformaram
num respeitado crítico.
Mas ele nunca deixou de escrever sobre a vida mundana. Durante 35 anos, foi colunista de "O
Estado de S. Paulo".
Tornou-se um nome muito conhecido em São Paulo e cada vez
menos lembrado no Rio. "Lapa"
foi um retrato importante daquele momento do Rio, mas meu pai
se destacou mais como cronista",
ressalta Ana Luisa, que está mergulhada nas crônicas de Martins.
A idéia é lançar uma antologia.
Viver com uma mulher 21 anos
mais velha e que tinha tido dois
maridos era difícil nos anos 30. A
família Amaral nunca aprovou.
Essa situação piorou em 1952,
quando Martins deixou Tarsila e
se casou com Anna Maria Coelho
de Freitas, filha de uma prima da
pintora e 17 anos mais jovem do
que ele. O novo caos instalado entre os Amaral gerou fases de profunda depressão no escritor, mas
não impediu que ele seguisse seu
coração. "Luís era um sentimental", resume, carinhosamente,
Moacir Werneck de Castro.
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