No céu de novembro, a Lua míngua em Câncer, e Marte ingressa no signo de Aquário. Na Terra, há muitos humanos abraçando causas e lutando por elas com todas as forças.
Quando alguém abraça uma causa, deposita nela sua paixão e também a noção de que essa seria a verdade absoluta que deve reger o mundo.
O problema é que outras pessoas que fazem o mesmo exercício, só que abraçando causas diferentes. Elas também consideram verdades absolutas os seus ideais.
Como se resolve essa equação? Como é possível que diversos humanos achem que sua verdade é única e irresistível? Se a verdade é única e absoluta, por que então as paixões são diferentes?
Lutar por um ideal é algo nobre, que torna digna a pessoa que o faz. Isso é justo e verdadeiro. Mas não é nem justo nem verdadeiro que qualquer pessoa ache que sua visão parcial da verdade deva reger o mundo e ser enfiada goela abaixo dos outros.
O primeiro passo, lutar por um ideal, é bom e enobrece. O segundo passo é vil e torna a pessoa cega e fanática. O universo é infinito, mas a mente humana não é. Ninguém pode se arrogar o direito de conhecer a verdade total.

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