São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2004

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FILMES

Jumanji
Globo, 15h40.
  
EUA, 1996. Direção: Joe Johnston. Com Robin Williams, Bonnie Hunt. Dois garotos descobrem, no sótão de sua nova casa, um estranho jogo chamado Jumanji, capaz de projetá-los em um mundo de terror. Trazem de volta o antigo morador da casa; a partir daí, Robin Williams divide com os efeitos especiais o estrelato, enquanto os jogadores têm o compromisso de vencer a parada a fim de salvar sua cidade.

Morte sob Encomenda
Record, 21h45.
 
(Red Rock West). EUA, 1993. Direção: John Dahl. Com Nicolas Cage, Lara Flynn Boyle. Cage é confundido com matador incumbido de matar uma mulher. Sem emprego e a perigo, acha a confusão ótima e assume a identidade do matador. Isso até que conhece sua vítima (Boyle) e, claro, se envolve com ela. E até que o verdadeiro matador chega à cidade. À moda viscosa de John Dahl.

Prova de Vida
SBT, 22h30.
 
(Proof of Life). EUA, 2000. Direção: Taylor Hackford. Com Meg Ryan, Russell Crowe. Engenheiro em um país latino-americano é seqüestrado por rebeldes. Diante da pedida alta que fazem, sua firma envia um negociador.

Intercine
Globo, 1h40.

Fecha a semana o ganhador da disputa entre "A Casa Assassina" (1998, de Graeme Campbell, com Timothy Busfield, Lisa Jakub) e "África dos Meus Sonhos" (2000, de Hugh Hudson, com Kim Basinger, Vincent Perez).

A Dança das Paixões
Bandeirantes, 2h15.
 
(Dancing at Lughnasa). Irlanda/ Inglaterra/EUA, 1998. Direção: Pat O'Connor. Com Meryl Streep, Michael Gambon. As relações entre um grupo de cinco irmãs, em um canto distante da Irlanda, anos 30, em meio a problemas pessoais ou profissionais, aos quais vem se acrescentar a chegada do irmão, missionário que volta ensandecido da África. Quem viu a peça de Brian Friel em que se baseia o filme não perdoa O'Connor.

A Noiva do dr. Boogedy
SBT, 3h30.
  
(Bride of Boogedy). EUA, 1987. Direção: Oz Scott. Com Richard Masur, Mimi Kennedy. O fantasma de Boogedy assombra família que se instala em pequena cidade. Comédia da Disney dirigida para público infantil, que como norma não fica muito ligada em TV neste horário. Só para São Paulo.

O Dirigível Hindenburg
Globo, 3h40.
  
(The Hindenburg). EUA, 1975. Direção: Robert Wise. Com George C. Scott, Anne Bancroft. Scott é o oficial alemão designado para fazer a primeira viagem do Hindenburg aos EUA, a fim de evitar sabotagens. Em torno de sua figura e dessa questão giram o filme e os demais personagens. O "Hindenburg" é, na verdade, quase indigerível. (IA)

Prefácio da era da informática

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O cinema é uma máquina de desejos. De tal modo que "A Corrida do Século" (Max Prime, 10h) talvez já não seja mais do que uma relíquia.
Porque tratava-se, nesta comédia de Blake Edwards, de uma corrida de carros no começo do século 20. Corrida de calhambeques para quem via o filme em 1965, ano de sua realização.
Era, no mais, um tempo de filmes de automóveis: os de James Bond, os de "grand prix" etc. Talvez porque os carros, nesse momento, carregassem, em germe, nosso desejo de mudanças profundas na área tecnológica e prefaciassem a era da informática. Eram, ainda, um objeto raro (só ricos ou quase ricos os possuíam). O mundo mudou, mas o talento de Blake Edwards, Jack Lemmon, Natalie Wood e Tony Curtis ainda faz rir, e muito.

COMPORTAMENTO

"Contemporâneo" revira o homem atual

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

"Contemporâneo" é um programa para o homem que sonha alto. A estréia desta revista eletrônica para o macho do século 21 já começa com uma matéria sobre cirurgia plástica e dicas para se dar bem com a atriz Juliana Paes, dadas por ela mesma. Uau.
A nova atração do GNT pega carona no metrossexualismo, essa onda que as revistas de comportamento tentam explicar a partir do jogador David Beckham, que pinta as unhas e faz as sobrancelhas. Mas não é exatamente um programa para o metrossexual.
"Contemporâneo" se propõe como um guia para o homem vaidoso e consumista, mas não fica só nisso; há também dicas para um, digamos, melhor gerenciamento da heterossexualidade. Sim, porque ficou difícil ser homem no século 21.
A atração explica que o novo Código Civil dá direito a uma divisão de bens no fim do namoro, se houver sido expressa intenção de constituir família. Um advogado sugere ao homem que faça um contrato para se precaver. Estamos ficando muito americanos?
Depois disso, há uma seção de itens de alto consumo, como uma caixa de charutos e, por fim, o apresentador Christiano Cochrane entrevista Juliana Paes.
O equívoco do programa é não ter um foco. Na tentativa de codificar o binômio masculinidade-vaidade sem virar frescura, a direção se mostra insegura e avança pouco. Quer ser séria, mas aglutina informações de forma superficial e vira uma bobagem. As mulheres ensinam que vaidade é, acima de tudo, diversão.
Como Cochrane também passa insegurança diante da câmera, o programa acaba sem encorajar o telespectador a enveredar pelos caminhos dos creminhos hidratantes. Falta-lhe "punch" como guia para essa pós-modernidade.
"Contemporâneo" precisa convencer o homem de que, seguindo suas dicas, choverão mais mulheres na sua horta. Sem essa meta, o mais provável é que ele nem escovasse os dentes.


CONTEMPORÂNEO. Quando: hoje, às 22h, no GNT.


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