|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ERIKA PALOMINO
PREMIADOS DE 2003 FERVEM COM A NOITE ILUSTRADA
Entregamos na última sexta-feira os prêmios dos Melhores
da Noite Ilustrada. Treze personalidades viraram hors-concours, por terem ganhado três
ou mais prêmios nos 11 anos de
existência da votação dos leitores desta coluna, abrindo espaço para a consagração de novos nomes.
A iniciativa foi valorizada por
praticamente todos os envolvidos -é verdade que Rica
Amaral reclamou. Cacá Ribeiro, hors concours como produtor, aproveitou para chochar: "Ao menos, neste ano, é
um troféu mesmo", disse, referindo-se a troféus anteriores
-vibradores, brinquedos, robôs, luminárias...
Renato Cohen, hors concours como produtor e DJ, observou em seu discurso que todo o sucesso visto recentemente parecia algo impensável,
mas agora real. E disse também
que ao viajar o mundo se apresentando, descobriu que não
há lugar como o Brasil.
Mau Mau, que ganhou o prêmio de hors-concours e também o troféu Respect, este escolhido por esta colunista, observou que o prêmio serviu de
incentivo para ele, no início da
carreira, e que sabe como é importante para os jovens ganhar.
Quem foi muito aplaudido
foi Renato Lopes, tricampeão
na premiação como Melhor
DJ. Também foi ovacionada a
hostess Adriana Recchi, linda,
num corselet preto, festejando
também a vitória de Japa, que
admitiu: "Eu queria muito ganhar esse prêmio!".
na noite ilustrada...
Hoje na Technova, no Lov.e,
tocam os residents Mau Mau e
Daniel U.M. mais a promoter
da noite Eli Iwasa; ainda no
clube, no sábado, tocam Grace
Kelly Dum, Murphy e Snoop
na noite Combustível, seguidos
de Phillip Braunstein e Doctor
no after-hours. No Ano Novo
tem o Réveillon de Los Angeles,
no Supper Club (r. Brigadeiro
Galvão, 871, Barra Funda) com
live act do Waterfront House
mais os DJs Ricardo Diaz e
Flavia Carrara. No Level, tem
festa com a top hostess Ana
Gelinskas, que vai cantar hits
como "Like a Prayer", da
Madonna, seguido do clássico
show das drags Raphaella,
Veronika, Talleessa e Divina
Núbia. No Rio, tem festa no dia
28 a bordo de um barco na baía
de Guanabara com os DJs Jonas
Rocha, Luke Solomon e Renato
Ratier. No dia 31 tem noite tecno
da Circuito com Smartbiz no
Clube de Regatas Boqueirão do
Passeio com Terence Fixmer
a alemã Miss Yetti, Maurício
Lopes, K-Milla, Schild e Spark.
Inf.: 0/xx/21/2543-4915
ROCK E HOUSE SE CONSAGRAM NO ANO
O prêmio deste ano marcou a
consolidação do rock e da house em São Paulo. Foram premiados o DJ da noite de rock de
segunda no D-Edge, João Gordo ("Eu nem sou DJ", disse, em
bom estilo punk), e suas duas
promoters, Vivi e Larissa -que
até cantou um pedaço de "I Love Rock and Roll" na hora de receber o troféu. Já a Vivi -que
ganhou até corinho- chamou
sua filha, Vitória, a quem agradeceu pela paciência de estar
muitas vezes ausente em casa,
num dos momentos mais doces
e emocionantes. Do outro lado,
pela primeira vez uma noite de
house venceu como Melhor
Noite Fixa, a Freak Chic de sexta, no novo clube da Barra Funda. Do mesmo modo, Luiz Pareto foi superaplaudido quando
recebeu seu primeiro troféu como Melhor DJ de house. André
Barcinski, estreando na categoria Melhor Núcleo de Rave com
a Circuito, disse que dividia o
prêmio com todos os concorrentes. Vitor Lima, Melhor DJ
de trance, homenageou Rica e
Dimitri, enquanto a revelação,
Philip A., dedicou o prêmio a
Vitor Lima, que diz ser seu
grande incentivador. Célio Fernandes agradeceu pelo prêmio
de Melhor Atração Internacional por Carl Cox, confirmando
Tiesto para fevereiro, no Heineken Thirst. César Semensato recebeu pelo hors-concours do
Lov.e, e Caio Gobbi pela top
drag Veronika, que, hors concours neste ano, abriu espaço
para o primeiro prêmio de Léia
Bastos, queridíssimo personagem da noite de SP -que fez a
maior bagunça, divertindo todo
mundo. Bianca Exótica encerrou a noite, emocionada, vencendo como Personalidade da
Noite pela primeira vez e agradecendo, com sua voz absurda.
Depois, muitos vencedores foram para o Pix, onde tocava o
Mau Mau. Todos comemoravam, orgulhosos, com suas medalhas no peito.
VEJA O QUE MARCOU MESMO 2003
Este 2003 foi o ano em que reinou a diversidade na noite de
São Paulo. Pencas de noites,
pencas de clubes, pencas de frequentadores. Quem mostrou
trabalho de qualidade teve público. Do underground ao
mainstream, parece que nunca
se saiu tanto à noite na cidade
-e faz tempo que a noite não
está tão boa.
Alguém falou isso na premiação, e é verdade. "O importante
é que as pessoas se unam; unidos somos mais fortes", disse
Gaía Passarelli, da Associação
dos Amigos da Música Eletrônica, que levou o prêmio especial Noite Ilustrada, relacionado
a iniciativas que valorizam a cena noturna.
Mais fortes, fazemos festas mais
legais, mais profissionais, atendendo melhor a um público
crescente e cada vez mais especializado. O rock, o electro, o
pop e uma certa dose de nonsense marcaram 2003 na noite
de São Paulo.
E quer saber o que mais marcou
o ano? White Stripes, com "Seven Nation Army", que tocou
em pistas de todos os gêneros
musicais. Benny Benassi e sua
saudável bobagem "Satisfacion". A outra besteira chamada "Bucci Bag", hit de FM e
também de todos os tops internacionais do Tim Festival. E
ainda Rapture ("House of Jealous Lovers" é inesquecível,
não?), DFA e Strokes (eu amei o
disco novo), Tiga ("Burning
Down"), e Beyoncé, com "Crazy in Love".
Texto Anterior: Procurando Nemo Próximo Texto: Cinema: "Enfoque Independente" visita Jim Jarmusch Índice
|