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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003

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"Fausto" e Will Eisner evidenciam pesquisas

DO ENVIADO ESPECIAL

Dois importantes diretores da cena contemporânea do Rio marcam presença, a partir de amanhã, na Mostra Oficial do 12º Festival de Teatro de Curitiba.
Moacir Chaves, da Péssima Cia. ("Bugiaria"), faz a estréia nacional de "Fausto" -clássico do alemão Johann Wolfgang Goethe.
Paulo de Moraes, da Armazém Cia. de Teatro, traz o espetáculo "Pessoas Invisíveis", baseado nos quadrinhos do norte-americano Will Eisner e montado em 2002 para celebrar os 15 anos da companhia nascida em Londrina e radicada no Rio desde 1998.
Chaves, 38, e Moraes, 37, têm em comum a preocupação com a pesquisa de linguagens cênica, dramatúrgica e interpretativa.
Traduzido por Geraldinho Carneiro, o "Fausto" de Chaves concentra-se na primeira parte da obra-prima na qual Goethe (1749-1832) trabalhou por cerca de 60 anos. Trata-se de um personagem mais mundano, que se esquiva dos estudos e sai pelo mundo em busca dos prazeres.
Ciceroneado por Mefistófeles, ele encontra Margarida. A moça se apaixona, vai à loucura, mas Fausto segue em sua ânsia errante. Gabriel Braga Nunes interpreta o papel-título. Fernando Eiras é Mefistófeles.
Em "Pessoas Invisíveis", Moraes repete dobradinha com o dramaturgo Maurício Arruda Mendonça para adaptar histórias de Eisner para o palco, de preferência uma não-convencional.
Três fantasmas rondam o cotidiano do edifício onde viveram e recontam suas histórias repletas de lirismo e frustrações (um deles sonha em voar). Há um recorte também para a violência nos grandes centros urbanos.
Os três protagonistas são interpretados por Patrícia Selonk, Marcos Martins e Fabiano Medeiros. "Pessoas Invisíveis" soma quatro indicações para a versão carioca do Prêmio Shell 2002.
Moraes enviou o texto em inglês para Eisner, 85. O desenhista de "Spirit" gostou da idéia. "O argumento e a estrutura são muito inventivos e os diálogos muito envolventes", respondeu em um fax para o grupo. (VS)


O jornalista Valmir Santos, a repórter-fotográfica Lenise Pinheiro e o crítico Sergio Salvia Coelho viajam a convite do FTC


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