São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2006

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Escalação brasileira do festival destaca a volta de Renato Cohen

DA REPORTAGEM LOCAL

A tentação é sempre valorizar quem vem de fora. Mas, neste ano, o Skol Beats periga ser de um brasileiro.
O paulistano Renato Cohen é nome a ser ouvido nesta edição do evento. Cohen fará um live PA (apresentação ao vivo em que o produtor mostra suas próprias músicas) no palco principal do festival. Será o fim de um jejum de quatro anos. A última vez que Renato Cohen fez um live PA foi no Skol Beats de 2002.
Cohen é um dos mais talentosos DJs do país. Seus sets e suas músicas, que se encaixam dentro da categoria tecno, são vigorosos, cheios de energia. Em um momento, fazem balançar a cabeça; em seguida, mandam o público pular. Seu maior hit, a música "Pontapé", foi lançada pelo prestigioso selo Intec, de Carl Cox. E até o final do ano, ele deve lançar o primeiro álbum de estúdio.
Marky, o mais conhecido DJ do país, ganhou tenda com seu nome. Os ingleses Hype e Andy C são destaques, mas é no final, na apresentação conjunta de Marky com Patife, que o espaço destinado ao drum'n'bass deve causar comoção no público.
Gui Boratto, que tem contrato assinado com o selo alemão Kompakt, mostrará suas produções no palco principal, que será fechado por Mau Mau e Anderson Noise. Se os dois estiveram desentrosados, esse encerramento do festival pode ser uma roubada. Mas, se estiverem no dia deles, serão responsáveis por uma calorosa manhã de domingo.

Eclético
Skol Beats é o maior festival de música eletrônica do país, que neste ano deve fazer dançar mais de 60 mil pessoas. O evento, na sétima edição, chega com a escalação mais eclética de sua história.
Grande parte devido à inclusão do espaço de trance psicodélico, que leva o nome Tribe -um dos maiores núcleos de festas do país.
O trance psicodélico é, hoje, o gênero mais popular da eletrônica no Brasil. Suas festas chegam a reunir mais de 20 mil pessoas.
O palco principal será ocupado por produtores de drum'n'bass, tecno, house e breakbeat. A tenda The End é focada no electro e no tecno. A tenda DJ Mag terá nomes de progressive house e trance.
Além do LCD Soundsystem, Prodigy, Plump DJs, Tiga e Armin van Buuren devem atrair muita gente para seus sets.
Como em todas as edições do festival, o line up do Skol Beats é motivo para polêmica. Vários DJs nacionais que deveriam estar ali ficaram de fora, faltou certo arrojo na escalação de DJs internacionais, não dá para entender por que alguns estão ali -por exemplo, a italiana Misstress Barbara, que nos últimos dois anos tocou umas 12 vezes no país...
Mas, se o sistema de som ajudar, o festival tem tudo para ser divertido, principalmente porque não há muitas atrações boas encavalando com outras. Dá para chegar cedo e ficar até a manhã de domingo assistindo a boas atrações.
E ainda tem o trio elétrico, que não está com a programação totalmente fechada. Um dos nomes confirmados do espaço é o combo paulistano Cansei de Ser Sexy, em apresentação com o DJ Camilo Rocha.
(TN)


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