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Escalação brasileira do festival destaca a volta de Renato Cohen
DA REPORTAGEM LOCAL
A tentação é sempre valorizar
quem vem de fora. Mas, neste
ano, o Skol Beats periga ser de um
brasileiro.
O paulistano Renato Cohen é
nome a ser ouvido nesta edição
do evento. Cohen fará um live PA
(apresentação ao vivo em que o
produtor mostra suas próprias
músicas) no palco principal do
festival. Será o fim de um jejum de
quatro anos. A última vez que Renato Cohen fez um live PA foi no
Skol Beats de 2002.
Cohen é um dos mais talentosos
DJs do país. Seus sets e suas músicas, que se encaixam dentro da
categoria tecno, são vigorosos,
cheios de energia. Em um momento, fazem balançar a cabeça;
em seguida, mandam o público
pular. Seu maior hit, a música
"Pontapé", foi lançada pelo prestigioso selo Intec, de Carl Cox. E
até o final do ano, ele deve lançar o
primeiro álbum de estúdio.
Marky, o mais conhecido DJ do
país, ganhou tenda com seu nome. Os ingleses Hype e Andy C
são destaques, mas é no final, na
apresentação conjunta de Marky
com Patife, que o espaço destinado ao drum'n'bass deve causar
comoção no público.
Gui Boratto, que tem contrato
assinado com o selo alemão Kompakt, mostrará suas produções no
palco principal, que será fechado
por Mau Mau e Anderson Noise.
Se os dois estiveram desentrosados, esse encerramento do festival
pode ser uma roubada. Mas, se estiverem no dia deles, serão responsáveis por uma calorosa manhã de domingo.
Eclético
Skol Beats é o maior festival de
música eletrônica do país, que
neste ano deve fazer dançar mais
de 60 mil pessoas. O evento, na sétima edição, chega com a escalação mais eclética de sua história.
Grande parte devido à inclusão
do espaço de trance psicodélico,
que leva o nome Tribe -um dos
maiores núcleos de festas do país.
O trance psicodélico é, hoje, o
gênero mais popular da eletrônica
no Brasil. Suas festas chegam a
reunir mais de 20 mil pessoas.
O palco principal será ocupado
por produtores de drum'n'bass,
tecno, house e breakbeat. A tenda
The End é focada no electro e no
tecno. A tenda DJ Mag terá nomes
de progressive house e trance.
Além do LCD Soundsystem,
Prodigy, Plump DJs, Tiga e Armin
van Buuren devem atrair muita
gente para seus sets.
Como em todas as edições do
festival, o line up do Skol Beats é
motivo para polêmica. Vários DJs
nacionais que deveriam estar ali
ficaram de fora, faltou certo arrojo na escalação de DJs internacionais, não dá para entender por
que alguns estão ali -por exemplo, a italiana Misstress Barbara,
que nos últimos dois anos tocou
umas 12 vezes no país...
Mas, se o sistema de som ajudar,
o festival tem tudo para ser divertido, principalmente porque não
há muitas atrações boas encavalando com outras. Dá para chegar
cedo e ficar até a manhã de domingo assistindo a boas atrações.
E ainda tem o trio elétrico, que
não está com a programação totalmente fechada. Um dos nomes
confirmados do espaço é o combo
paulistano Cansei de Ser Sexy, em
apresentação com o DJ Camilo
Rocha.
(TN)
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