DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos principais personagens do rock glam nos anos 90, o trio Placebo leva à risca -de delineadores, rímeis, base e unhas pintadas- os excessos do gênero, que teve em David Bowie e em T. Rex, nos anos 70, suas maiores referências. A banda inglesa trouxe para a turnê brasileira uma maquiadora especial para o vocalista, o andrógino Brian Molko.
Para o show de hoje, no Credicard Hall, em São Paulo, Molko deve vestir o mesmo figurino usado nas outras apresentações no país: calça jeans, camisa branca e gravata preta. E, tendo as outras paradas do grupo como referência, a platéia paulistana terá muitos teens, muito maquiados.
Até o fechamento desta edição, ainda havia 300 ingressos à venda -para o setor superior da platéia-, de um total de 5.600.
No Brasil para promover a coletânea "Once More with Feeling", que traz os principais hits dos quatro discos da banda, o Placebo abriu a turnê em Recife, em 15 de abril, dentro do festival Abril Pro Rock, e foi assistido por 8.000 pessoas. Dois dias depois, na Concha Acústica, em Salvador, o grupo arrastou 4.500. A turnê seguiu por Porto Alegre (19/4), com 3.000 pessoas; Florianópolis (21/4), que reuniu 4.000; Brasília (23/4), para público de 7.000; e Campinas, que seria ontem, no Red Eventos. Após o show de São Paulo, a banda encerra a temporada brasileira no Rio, sexta-feira, no Claro Hall.
Segundo pessoas ligadas à produção dos eventos, o trio está aproveitando os shows brasileiros para conhecer clubes nas cidades visitadas. Em Salvador, por exemplo, foram à Off Club, uma casa gay. Hoje, após a apresentação paulista, devem sair novamente.
A censura do show é de 14 anos, mas há outra restrição: Brian Molko "tem horror" a ser filmado, por isso câmeras de vídeo estão proibidas. (THIAGO NEY)