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DIÁLOGOS IMPERTINENTES
Avanço tecnológico altera papel da mídia
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornalista e cientista social Ciro Marcondes Filho (professor titular da ECA-USP) acha que as
novas tecnologias estão alterando
o papel da mídia. O também jornalista Marco Antônio Araújo
(professor titular da Faculdade
Cásper Líbero) concorda, mas
não relaciona a mudança só ao
avanço tecnológico. A mídia foi
discutida no último "Diálogos
Impertinentes", série promovida
pela Folha, PUC-SP e Sesc.
Mediaram o debate Mário Sérgio Cortela, do Departamento de
Teologia e Ciências da Religião da
PUC-SP, e Sérgio Dávila, então
editor da Ilustrada.
Para Marcondes Filho, a sociedade virtual muda a sociedade
midiática anterior. Araújo, diretor de redação das revistas "Educação", "Ensino Superior" e "Fera", disse que tecnologia sempre
houve. "No mundo real, o computador ainda é proibitivo e circula num extrato social limitado."
Para ele, a mudança ocorre especialmente devido à autonomia
do cidadão e de grupos sociais.
Cita como exemplo o debate em
torno do presidencialismo e parlamentarismo.
"Desconheço um grande veículo de comunicação que tenha
adotado a bandeira do presidencialismo. O resultado a gente viu
nas ruas, no plebiscito."
A imprensa deve publicar fatos
particulares sobre pessoas públicas? Para Marcondes Filho, casos
como o do presidente Bill Clinton
não fazem parte do jornalismo
brasileiro. "Não me parece que isso seja bom jornalismo."
Araújo discorda: "Acho importante saber a personalidade moral
de uma pessoa pública. Saber se
FHC é ateu é relevante aos religiosos. Se ele quer ser político, que
pare para pensar a chance que
tem um ateu na vida pública."
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