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Ator foi vítima de falência múltipla de órgãos
Morre no Rio de Janeiro, aos 65, o ator Carlos Eduardo Dolabella
DA SUCURSAL DO RIO
O ator Carlos Eduardo Dolabella morreu às 19h20 de ontem, vítima de falência múltipla de órgãos, no Hospital Samaritano, em
Botafogo (zona sul do Rio). Ele tinha 65 anos.
Dolabella estava internado na
unidade coronariana do Samaritano desde o dia 12 de fevereiro.
Na ocasião, ele apresentava um
quadro de insuficiência cardíaca.
A saúde do ator vinha se deteriorando nos últimos meses. Em
agosto do ano passado, ele teve
um infarto. Sofria também de diabetes, segundo os médicos do Samaritano.
Os problemas de saúde levaram
a TV Globo a afastar Dolabella do
elenco da novela "O Beijo do
Vampiro", que terminou no início deste mês. Ele não chegou a
atuar na novela.
O ator deverá ser enterrado hoje, mas a família, até a conclusão
desta edição, não havia informado o local do sepultamento. Dolabella faria aniversário no próximo
dia 11.
Novelas
Nascido no Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Bouças Dolabella tinha 37 anos de carreira. Participou de 29 novelas, entre elas os
sucessos "Irmãos Coragem",
"Selva de Pedra" e "O Bem Amado".
Em "Irmãos Coragem" (1970),
de Janete Clair, Dolabella interpretou o delegado Falcão. Em "O
Bem Amado" (1973), de Dias Gomes, o ator representou o papel
do jornalista Neco Pedreira.
Na TV Globo, Dolabella atuou
ainda em quatro minisséries e 13
casos especiais. Participou de 16
peças de teatro e de 15 filmes.
A estréia do ator na televisão
ocorreu em 1966 na novela "O
Amor tem Cara de Mulher" (TV
Tupi), de autoria de Cassiano Gabus Mendes.
Seu último trabalho na TV foi
na novela da Globo "Porto dos
Milagres" (2001). Em 2000, participou do seriado "A Muralha". O
ator trabalhou também na novela
"Força de um Desejo" (1999) e na
minissérie "Labirinto" (1998). Em
1997, na novela "Por Amor", fez o
papel de Arnaldo Mota, que, na
trama, era o marido da atriz Suzana Vieira.
Dolabella se formou em relações públicas na Suíça na década
de 1960. Falava cinco idiomas.
Antes de se dedicar à carreira de
ator, ele chegou a trabalhar em
empresas do avô. Gostava muito
de música e chegou a pensar em
se tornar cantor.
Flamenguista fanático, não costumava, antes de adoecer, perder
os jogos do time carioca no estádio do Maracanã (zona norte do
Rio). Dolabella foi casado três vezes, sendo a última delas com a
atriz Pepita Rodrigues. Deixa dois
filhos. Um deles, o também ator
Dado Dolabella, 22, prometeu
gravar uma música em homenagem ao pai.
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