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PHYTOERVAS FASHION
Moda linear é a cara do primeiro dia
ERIKA PALOMINO
Colunista da Folha
Está afinado o formato programa de TV/desfile/auditório. A estréia da oitava edição do Phytoervas Fashion atendeu a todos esses
requisitos, anteontem à noite na
Hípica Paulista, em São Paulo.
Um público de cerca de 2.000
pessoas assistiu às coleções de três
estilistas estreantes, acompanhando ainda a entrega dos prêmios do
Phytoervas Fashion Awards. O
evento termina hoje com a transmissão ao vivo pela MTV, às 21h.
Marcelo Quadros foi o mais
bem-sucedido da noite; ao menos
cumpriu o que pretendia, numa
moda comercial e sem pretensão,
mesmo que sem maiores arroubos
criativos que o tema poderia suscitar. Quadros tomou como ponto
de partida os vampiros e o estilo
gótico dos anos 80, mas tudo isso
apareceu bem diluído.
Trabalhou bem com materiais
sintéticos e numa alfaiataria honesta, com silhueta contemporânea, mas apresentou alguns problemas de acabamento e um certo
desgaste em idéias como as
meias-calças cortadas.
Alessia Anzaloni encarnou Ronaldo Fraga, o estilista mineiro
sensação em edições anteriores do
próprio Phytoervas. Sua Emília até
que era boa idéia, mas empacou
nas limitadas combinações e no
mundo maravilhoso da sobreposição. O melhor mesmo foram as
cores, as meias e a bota cor-de-rosa de plataforma. Os balonês também deram bom resultado, mas o
efeito era por demais teatro infantil, pouco fashion e mais fantasia.
Fernando Sommer (que, sim, é
irmão de Marcelo Sommer) encerrou a noite com sua marca Viva La
Raza. A inspiração eram os imigrantes, só que parecia mesmo um
pequeno desfile de trajes típicos.
Tudo muito linear. Assim: no
momento Japão, todos os modelos eram japoneses, com roupas de
elementos japoneses. Faltou o mix
de referências que pretende a moda moderna.
Evento: Phytoervas Fashion
Quando: hoje, às 21h; somente para
convidados
Onde: Hípica Paulista (r. Quintana, 206,
Brooklin Novo, zona sul de SP)
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