|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEVISÃO
Jorge da Cunha Lima afirma que a emissora licenciará produtos relacionados ao programa e vai até lançar CD
Cultura usa estratégia comercial para promover "Ilha"
DA REPORTAGEM LOCAL
Para tentar promover a série
"Ilha Rá-Tim-Bum", a TV Cultura, maior emissora pública do
país, vai usar estratégias comerciais. Uma delas será a realização
de eventos em parques temáticos
e shopping centers.
Abaixo, Jorge da Cunha Lima,
presidente da Fundação Padre
Anchieta, que administra a TV
Cultura, fala sobre as questões
mercadológicas que envolvem a
estréia do seriado infantil.
(LAURA MATTOS)
Folha - O patrocínio da Fundação
Bradesco cobriu os gastos do projeto? O sr. pode revelar números de
investimentos?
Jorge da Cunha Lima - Na condição de co-produtora, a Fundação
Bradesco cobriu parte dos custos
do projeto. O valor global da produção é de R$ 10 milhões, incluindo pré-produção, criação intelectual, marca, utilização de equipamentos, elenco e demais custos de
produção.
A Fundação Bradesco participou com cerca de 40% disso.
Folha - O programa vai ter alguma inserção publicitária, intervalos comerciais? Há algum tipo de
regra especial para vender esse
produto ao mercado?
Cunha Lima - Agiremos dentro
da política geral da TV Cultura,
que proíbe inserções dentro do
próprio programa, mas permite
mensagens institucionais nos intervalos. Pode haver também
apoio cultural para a cobertura do
investimento, em parte ou no total.
Folha - Quais os tipos de produtos
agregados ao seriado que devem
ser lançados? Haverá ainda algum
trabalho de licenciamento da marca?
Cunha Lima - Haverá licenciamento dos personagens, CDs
com as músicas do programa, um
filme em longa-metragem e peças
de teatro no decorrer da apresentação e das reprises da série. Vamos ter também a realização de
eventos especiais em parques temáticos, shopping centers e em
outros espaços.
Folha - O sr. acredita que haja nas
emissoras comerciais algo de qualidade para o mesmo público de
"Ilha Rá-Tim-Bum"?
Cunha Lima - O "Ilha" será uma
opção de maior qualidade entre
os produtos infantis produzidos
pela televisão brasileira. Contudo,
enfrentará, como o "Castelo", a
concorrência de programas e de
filmes internacionais comprados
de grandes produtoras, como a
Disney, pelas emissoras de TV comerciais.
Nossa estratégia é fixar esse público-alvo como telespectador da
TV Cultura. Mas só o fato de as
demais emissoras serem hoje
obrigadas a comprar boa produção infantil, coisa que nunca fizeram antes do "Castelo", já nos
deixa contentes.
Texto Anterior: Castelo à beira-mar Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|