São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 2002

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TELEVISÃO

Jorge da Cunha Lima afirma que a emissora licenciará produtos relacionados ao programa e vai até lançar CD

Cultura usa estratégia comercial para promover "Ilha"

DA REPORTAGEM LOCAL

Para tentar promover a série "Ilha Rá-Tim-Bum", a TV Cultura, maior emissora pública do país, vai usar estratégias comerciais. Uma delas será a realização de eventos em parques temáticos e shopping centers.
Abaixo, Jorge da Cunha Lima, presidente da Fundação Padre Anchieta, que administra a TV Cultura, fala sobre as questões mercadológicas que envolvem a estréia do seriado infantil. (LAURA MATTOS)

Folha - O patrocínio da Fundação Bradesco cobriu os gastos do projeto? O sr. pode revelar números de investimentos?
Jorge da Cunha Lima -
Na condição de co-produtora, a Fundação Bradesco cobriu parte dos custos do projeto. O valor global da produção é de R$ 10 milhões, incluindo pré-produção, criação intelectual, marca, utilização de equipamentos, elenco e demais custos de produção.
A Fundação Bradesco participou com cerca de 40% disso.

Folha - O programa vai ter alguma inserção publicitária, intervalos comerciais? Há algum tipo de regra especial para vender esse produto ao mercado?
Cunha Lima -
Agiremos dentro da política geral da TV Cultura, que proíbe inserções dentro do próprio programa, mas permite mensagens institucionais nos intervalos. Pode haver também apoio cultural para a cobertura do investimento, em parte ou no total.

Folha - Quais os tipos de produtos agregados ao seriado que devem ser lançados? Haverá ainda algum trabalho de licenciamento da marca?
Cunha Lima -
Haverá licenciamento dos personagens, CDs com as músicas do programa, um filme em longa-metragem e peças de teatro no decorrer da apresentação e das reprises da série. Vamos ter também a realização de eventos especiais em parques temáticos, shopping centers e em outros espaços.

Folha - O sr. acredita que haja nas emissoras comerciais algo de qualidade para o mesmo público de "Ilha Rá-Tim-Bum"?
Cunha Lima -
O "Ilha" será uma opção de maior qualidade entre os produtos infantis produzidos pela televisão brasileira. Contudo, enfrentará, como o "Castelo", a concorrência de programas e de filmes internacionais comprados de grandes produtoras, como a Disney, pelas emissoras de TV comerciais.
Nossa estratégia é fixar esse público-alvo como telespectador da TV Cultura. Mas só o fato de as demais emissoras serem hoje obrigadas a comprar boa produção infantil, coisa que nunca fizeram antes do "Castelo", já nos deixa contentes.



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