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Roskilde escala Skank no palco principal
COLUNISTA DA FOLHA
Não é pouca coisa. Dentre as
150 atrações que participam do
imponente Roskilde Festival, a
banda pop reggae mineira Skank,
pelo menos na escalação de palco,
está entre as mais cotadas do
evento dinamarquês.
O grupo brasileiro entra em cena amanhã às 17h30 (horário escandinavo) no palco Orange, o
principal entre os quatro onde
acontecerão shows no Roskilde
2003, que só termina na madrugada de segunda-feira.
Assim que o Skank terminar seu
show, vêm na sequência o indie
rock americano do Fu Manchu, a
megabanda inglesa Blur e o popular grupo sueco Cardigans.
O Roskilde Festival convidou o
grupo de BH para tocar depois de ter assistido a um DVD da
banda.
"No ano passado, o
escritório de produção
de shows com o qual
trabalhamos na Europa apresentou nosso
material a um dos diretores do Roskilde. O
nome do cara é Peter
Hvalkof. Dois meses
atrás, ele nos ligou perguntando se tínhamos
livre o dia 28 de junho.
E se toparíamos nos
apresentar no Orange
Stage nessa noite", revelou Samuel Rosa, vocalista e guitarrista.
Entre os shows mais disputados
do Roskilde Festival estão o do
Blur (com disco novo), Metallica
(idem), a coqueluche Coldplay, os
veteranos do heavy metal Iron
Maiden, o grupo americano
Queens of the Stone Age e o inglês
Dave Gahan, do Depeche Mode,
em aventura solo.
"Poucos são os shows que eu
não gostaria de ver nesse festival.
Vamos chegar ainda na sexta [hoje], então terei chance de ver Los
Lobos e Coldplay. No sábado, ficarei para ver Blur e Cardigans
depois que tocarmos. No domingo, irei atrás de Radio 4 e Yo La
Tengo", disse Rosa, que não pretende tocar muitas músicas do
disco novo do Skank, "Cosmotron", o sétimo CD do grupo mineiro, ainda inédito. O álbum será lançado oficialmente no Brasil assim que o Skank voltar ao país.
"Possivelmente nesse show o
material do novo disco ficará restrito a uma ou duas músicas apenas. Não nos sobrou muito tempo
de ensaio desde o fim das gravações de "Cosmotron". Além disso,
teremos que fazer algumas alterações para adaptarmos melhor ao
vivo as novas músicas. No Roskilde, o repertório será mesmo um
apanhado dos trabalhos anteriores", disse o vocalista do Skank,
banda que já se apresentou em
festivais europeus em 97, na Espanha, Suíça, França e Portugal.
Já o músico baiano Carlinhos
Brown e o pernambucano DJ Dolores e banda tocarão na tenda
Ballroom, destinada ao som latino e de experimentações de reggae e de jazz. O tribalista Brown vai aproveitar o espaço próprio
para mostrar sua nova faceta, a de
Carlito Marrón, segundo o músico um processo de "relatinização"
de seu trabalho.
O Roskilde é apenas passagem
para o DJ Dolores & Orchestra
Santa Massa, que desde o último
dia 18 está em turnê de quase 30
shows pela Europa.
Na página oficial do Roskilde, o
grupo recifense é apresentado como "banda brasileira de eletrônica com raízes no rock, samba tradicional e nas tradições locais, que
remetem ao tempo em que a área
era colonizada".
A banda foi parar no Roskilde
depois que um dos organizadores
do festival dinamarquês assistiu a
um show dela em Recife. O grupo
receberá um cachê de 4.000
(cerca de R$ 13 mil) para tocar no
Roskilde 2003.
(LR)
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