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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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Roskilde escala Skank no palco principal

COLUNISTA DA FOLHA

Não é pouca coisa. Dentre as 150 atrações que participam do imponente Roskilde Festival, a banda pop reggae mineira Skank, pelo menos na escalação de palco, está entre as mais cotadas do evento dinamarquês.
O grupo brasileiro entra em cena amanhã às 17h30 (horário escandinavo) no palco Orange, o principal entre os quatro onde acontecerão shows no Roskilde 2003, que só termina na madrugada de segunda-feira.
Assim que o Skank terminar seu show, vêm na sequência o indie rock americano do Fu Manchu, a megabanda inglesa Blur e o popular grupo sueco Cardigans.
O Roskilde Festival convidou o grupo de BH para tocar depois de ter assistido a um DVD da banda.
"No ano passado, o escritório de produção de shows com o qual trabalhamos na Europa apresentou nosso material a um dos diretores do Roskilde. O nome do cara é Peter Hvalkof. Dois meses atrás, ele nos ligou perguntando se tínhamos livre o dia 28 de junho. E se toparíamos nos apresentar no Orange Stage nessa noite", revelou Samuel Rosa, vocalista e guitarrista.
Entre os shows mais disputados do Roskilde Festival estão o do Blur (com disco novo), Metallica (idem), a coqueluche Coldplay, os veteranos do heavy metal Iron Maiden, o grupo americano Queens of the Stone Age e o inglês Dave Gahan, do Depeche Mode, em aventura solo.
"Poucos são os shows que eu não gostaria de ver nesse festival. Vamos chegar ainda na sexta [hoje], então terei chance de ver Los Lobos e Coldplay. No sábado, ficarei para ver Blur e Cardigans depois que tocarmos. No domingo, irei atrás de Radio 4 e Yo La Tengo", disse Rosa, que não pretende tocar muitas músicas do disco novo do Skank, "Cosmotron", o sétimo CD do grupo mineiro, ainda inédito. O álbum será lançado oficialmente no Brasil assim que o Skank voltar ao país.
"Possivelmente nesse show o material do novo disco ficará restrito a uma ou duas músicas apenas. Não nos sobrou muito tempo de ensaio desde o fim das gravações de "Cosmotron". Além disso, teremos que fazer algumas alterações para adaptarmos melhor ao vivo as novas músicas. No Roskilde, o repertório será mesmo um apanhado dos trabalhos anteriores", disse o vocalista do Skank, banda que já se apresentou em festivais europeus em 97, na Espanha, Suíça, França e Portugal.
Já o músico baiano Carlinhos Brown e o pernambucano DJ Dolores e banda tocarão na tenda Ballroom, destinada ao som latino e de experimentações de reggae e de jazz. O tribalista Brown vai aproveitar o espaço próprio para mostrar sua nova faceta, a de Carlito Marrón, segundo o músico um processo de "relatinização" de seu trabalho.
O Roskilde é apenas passagem para o DJ Dolores & Orchestra Santa Massa, que desde o último dia 18 está em turnê de quase 30 shows pela Europa.
Na página oficial do Roskilde, o grupo recifense é apresentado como "banda brasileira de eletrônica com raízes no rock, samba tradicional e nas tradições locais, que remetem ao tempo em que a área era colonizada".
A banda foi parar no Roskilde depois que um dos organizadores do festival dinamarquês assistiu a um show dela em Recife. O grupo receberá um cachê de 4.000 (cerca de R$ 13 mil) para tocar no Roskilde 2003. (LR)


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