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Elas: Tatu, Juemilia e "Sex and the City"
LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA
A duplinha de garotas russas que se beijam enquanto
cantam dance music de viés eletrônico realmente conquistou o
planeta. Se no Brasil influenciam
até novela, na Parada Gay que levou cerca de um milhão de pessoas às ruas em SP, no último domingo, havia um caminhão de
som da Tatu, com o logo da banda
estampado na sua carroceria e
com duas "réplicas" das menininhas de Moscou como destaque.
Tudo provavelmente por iniciativa da gravadora Universal com a
anuência de alguma liga de garotas gays. Pelo menos em parte do
trajeto acompanhado por esta coluna, do sistema de som do carro
das Tatu só tocava... Tatu, mesmo. Na rua, pela frente e na parte
detrás do carro, vários casais de
garotas vestidas como colegiais,
de saia preta, camisa branca e gravatinhas. Vários casais.
Tatu é "big" também no Japão.
Por lá o sucesso agora é uma duplinha-clone chamada Juemilia,
que faz as mesmas coisas que as
russas. As Juemilia, claro, já foram abocanhadas pela Universal
local e venderam perto de um milhão de cópias de seus dois primeiros singles, um de nome
oriental impronunciável e outro,
claro 2, uma cover de "All the
Things She Said", o maior sucesso
das originais Tatu. Dá para ouvir e
ver as Tatu japonesas em www.universal-music.co.jp/juemilia.
Cueca
Isso já está indo longe demais.
Sabe esse lance de calcinha à mostra que 90% das garotas de até uns
22 anos usam, deixando a calça lá
embaixo? Pois agora a meninada
está expondo sua... cueca. Nem é
tão novo assim, essa coisa de mulher usar cueca. Sarah Jessica Parker pode ser vista em "Sex and the
City" andando pelo apartamento
vestindo uma cueca branca. Marcas de roupas íntimas vão lançar
coleções de cuecas para meninas.
Não calcinhas. Cuecas.
"Sex and the City"
Falando no seriado, não dá para
imaginar por que o programa não
agrada à platéia masculina. "Sex"
passa no canal Multishow (segundas, às 22h45).
É a série que conta a aventura de
quatro amigas trintonas em busca
da felicidade amorosa. O seriado é
divertidíssimo, glamouroso, esperto, tem diálogos sensacionais e
representa a vingança masculina
contra "Alta Fidelidade", de Nick
Hornby. O escritor inglês expôs,
"de graça", todas as vísceras do
pensamento/temor/frustração do
ser masculino em sua mais cruel
intimidade. "Sex" tem a mesma
função que "Alta Fidelidade", só
que "entregando" o sexo oposto
com uma intensidade cem vezes
maior que o livro de Hornby.
lucio@uol.com.br
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