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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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Elas: Tatu, Juemilia e "Sex and the City"

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

A duplinha de garotas russas que se beijam enquanto cantam dance music de viés eletrônico realmente conquistou o planeta. Se no Brasil influenciam até novela, na Parada Gay que levou cerca de um milhão de pessoas às ruas em SP, no último domingo, havia um caminhão de som da Tatu, com o logo da banda estampado na sua carroceria e com duas "réplicas" das menininhas de Moscou como destaque.
Tudo provavelmente por iniciativa da gravadora Universal com a anuência de alguma liga de garotas gays. Pelo menos em parte do trajeto acompanhado por esta coluna, do sistema de som do carro das Tatu só tocava... Tatu, mesmo. Na rua, pela frente e na parte detrás do carro, vários casais de garotas vestidas como colegiais, de saia preta, camisa branca e gravatinhas. Vários casais.
Tatu é "big" também no Japão. Por lá o sucesso agora é uma duplinha-clone chamada Juemilia, que faz as mesmas coisas que as russas. As Juemilia, claro, já foram abocanhadas pela Universal local e venderam perto de um milhão de cópias de seus dois primeiros singles, um de nome oriental impronunciável e outro, claro 2, uma cover de "All the Things She Said", o maior sucesso das originais Tatu. Dá para ouvir e ver as Tatu japonesas em www.universal-music.co.jp/juemilia.

Cueca
Isso já está indo longe demais. Sabe esse lance de calcinha à mostra que 90% das garotas de até uns 22 anos usam, deixando a calça lá embaixo? Pois agora a meninada está expondo sua... cueca. Nem é tão novo assim, essa coisa de mulher usar cueca. Sarah Jessica Parker pode ser vista em "Sex and the City" andando pelo apartamento vestindo uma cueca branca. Marcas de roupas íntimas vão lançar coleções de cuecas para meninas. Não calcinhas. Cuecas.

"Sex and the City"
Falando no seriado, não dá para imaginar por que o programa não agrada à platéia masculina. "Sex" passa no canal Multishow (segundas, às 22h45).
É a série que conta a aventura de quatro amigas trintonas em busca da felicidade amorosa. O seriado é divertidíssimo, glamouroso, esperto, tem diálogos sensacionais e representa a vingança masculina contra "Alta Fidelidade", de Nick Hornby. O escritor inglês expôs, "de graça", todas as vísceras do pensamento/temor/frustração do ser masculino em sua mais cruel intimidade. "Sex" tem a mesma função que "Alta Fidelidade", só que "entregando" o sexo oposto com uma intensidade cem vezes maior que o livro de Hornby.

lucio@uol.com.br


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