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RUÍDO
Consumidor ganha ação por "Tribalistas"
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumidor carioca
Paulo Henrique Andrade
venceu, em primeira instância,
uma ação contra a empresa produtora de Marisa Monte, a gravadora EMI e a fábrica Sony, por
ter sido supostamente lesado na
compra do CD "Tribalistas".
Andrade afirma que seu disco,
comprado legalmente, não funcionou no toca-CDs de seu carro, também adquirido de forma
regular. Um dispositivo antipirataria do CD seria a causa.
O 6º Juizado Especial Cível do
Rio determinou que as empresas troquem a cópia e paguem
indenização de R$ 1.000 ao consumidor. A EMI já recorreu.
Se confirmada, a sentença geraria jurisprudência para os que
se opõem à tecnologia de "cópias controladas", já incorporada pela EMI em todos os seus
lançamentos, com o objetivo de
inibir cópias ilegais de seus discos por computador.
O vice-presidente da EMI,
Luiz Bannitz, afirma que é inevitável acontecerem problemas
em situações de implantação de
novas tecnologias. "O consumidor reclama, nós trocamos o
produto. Mas é lamentável que
certas pessoas usem isso como
forma de extorsão", reclama.
Marisa Monte, dona do selo
Phonomotor, que lançou o CD,
guarda silêncio sobre o caso.
O NÃO-LANÇAMENTO
Compositor de perfil ortodoxo nos 60, Sidney Miller
preparou "Brasil, do Guarani ao Guaraná" (68) como
comentário e resposta à recém-nascida tropicália. Antes, havia sido gravado por
Nara Leão ("Pede Passagem", "O Circo") e por uma
Gal Costa pré-tropicalista
("Maria Joana"). Aqui, cantou algumas de suas criações
primas das de Edu Lobo,
Chico Buarque, Geraldo
Vandré e sambistas em geral. Outras entregou a Paulinho da Viola, Nara, Gal,
Jards Macalé, MPB-4, Gracinha Leporace. Seguiu dali
carreira errática até a morte
precoce em 80, aos 35. Os
apenas quatro álbuns que
lançou sumiram do mapa,
inclusive esse, editado na
mítica Elenco. A Universal,
dona do catálogo, diz que
deve adiar para 2004 lançamento de coleção de CDs da
Elenco, antes prevista para
2003.
TERCEIRO OTTO
Está marcado para agosto ou
setembro o terceiro álbum de
Otto, já batizado "Sem
Gravidade". Produzido por
Apollo 9, trará dueto com Rita
Lee (em "Tento Entender") e
regravação do hit cafona dos
70 "Pra Ser Só Minha Mulher",
de Ronnie Von. Outras
participações são de Max de
Castro, BNegão, Beto Lee, Dadi
(ex-A Cor do Som) e Pupilo
(Nação Zumbi), esses dois em
todas as faixas.
FAGNER, BALEIRO
Fagner e Zeca Baleiro
gravarão letra inédita de
Torquato Neto no disco que
preparam em dupla. "Daqui
pra Lá, de Lá pra Cá" foi cedida
pela viúva de Torquato. A
inédita "Canhoteiro" foi
composta com os parceiros
Fausto Nilo (cearense como
Fagner) e Celso Borges
(maranhense como Zeca).
FAGNER, BALEIRO, GAL
Segundo a assessoria de Zeca
Baleiro, ele continua no selo
MZA, que, após o fechamento
da Abril Music, voltaria a ser
distribuído pela Universal.
Mas Fagner acaba de ser
contratado pela Indie, que diz
que não sabe se o disco com
Baleiro sai por lá. MZA e Indie
disputam também o passe de
Gal Costa, ainda indefinido.
psanches@folhasp.com.br
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