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RANKING
Revista norte-americana, que publica a consagrada lista dos 200 mais, informa agora os tops de venda do gênero
"Billboard" cria parada de música eletrônica
DA REDAÇÃO
Desde a semana passada, a revista norte-americana "Billboard" publica uma parada dos
álbuns de música eletrônica mais
vendidos nos Estados Unidos.
O quadro que você vê ao lado é a
versão mais atualizada dessa parada, cuja inclusão na revista
-ao lado da consagrada "Billboard 200" (que registra os álbuns
mais vendidos de todos os gêneros), entre outros rankings- se
dá por dois fatores.
O primeiro é uma reformulação
editorial pela qual passa a mais
importante publicação especializada no mercado fonográfico dos
EUA. A segunda, e mais evidente,
é o aumento de vendas de discos
de música eletrônica no país, crescimento suficiente para justificar
uma parada exclusiva desse gênero (assim como existem as de música latina, r&b/hip hop, country
e pop).
Assim como as demais, a parada de música eletrônica tem seus
álbuns mais vendidos auferidos
pelo SoundScan, sistema utilizado pela "Billboard" desde 1991
que registra eletronicamente os
álbuns quando eles são vendidos
ao consumidor final -e não
quando a loja compra o disco, como acontece no Brasil.
Dos quatro álbuns mais vendidos da semana, três são coletâneas -sendo uma trilha sonora
com músicas inéditas- e um,
"The Antidote" (98), dos Wiseguys, relançado agora.
O primeiro lugar, "Totally Dance", traz artistas díspares como
Faithless, Dido, Moby, Pink,
Eden's Crush e Toni Braxton.
Apesar de Detroit (tecno) e Chicago (house) terem sido e ainda
serem pólos-referências de criação e propagação de música eletrônica no mundo -principalmente dance music-, os Estados
Unidos nunca foram o maior centro consumidor do gênero, cujo
posto é ocupado pela Europa,
principalmente Alemanha e Inglaterra, países onde o topo do
equivalente à "Billboard 200" local é ocupado por álbuns eletrônicos.
"Mobypallooza"
Outro exemplo do crescimento
eletrônico nos Estados Unidos é o
festival itinerante Area: One, organizado pelo DJ e produtor local
Moby.
O evento, cuja primeira edição
aconteceu dia 11 de julho em
Atlanta, vai percorrer 16 cidades
nos EUA e no Canadá até o próximo dia 5, quando termina em Los
Angeles, e já é conhecido como
"Mobypallooza", uma alusão ao
caráter alternativo e itinerância
do festival Lolapallooza, que até
meados da década passada não
era mainstream.
No Area: One são dois palcos,
um maior para shows propriamente ditos -mas com a presença de um DJ no palco invariavelmente-, e uma tenda onde se
apresentam DJs.
O line-up do festival inclui artistas e grupos não apenas eletrônicos, como OutKast, Incubus (só
na costa leste), New Order (só na
costa oeste), Nelly Furtado, Paul
Oakenfold, The Orb, Carl Cox,
The Roots, Rinôcerôse, a trinca
pioneira do tecno de Detroit
(Juan Atkins, Kevin Saunderson e
Derrick May) e, claro, o próprio
Moby.
(MN)
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