São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

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Crítica

Donner filma amor inviável com delicadeza

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Ladyhawke - O Feitiço de Áquila" (Fox, 10h) é de um tempo em que Rutger Hauer era uma esperança, Michelle Pfeiffer, pouco mais que a garota-propaganda dos sabonetes Lux, e Matthew Broderick, quase um iniciante.
Richard Donner, o diretor do filme, foi, no entanto, uma surpresa. Especialista em lidar com maquinários pesados que nunca chegam a se completar, aqui realizou uma aventura quase intimista e se completou: o filme, de meados dos anos 80, foi moda por alguns anos.
Revê-lo agora pode ser interessante e até mesmo renovar essa história de amor maldito, ou antes, vítima de uma maldição, segundo a qual o homem se transforma em lobo, à noite, enquanto a mulher vira águia, de dia.
Em suma, trata-se da paixão de dois amantes que nunca podem se encontrar enquanto humanos. Daí a imagem-síntese desse filme tão romântico ser Hauer caminhando com uma águia pousada em seus ombros. Imagem sensível, como o filme é.


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