São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

"Cassino" é obra-prima de Scorsese sobre a derrocada

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O início de "Cassino" (TC Cult, 23h50; 18 anos), dos mais fortes trabalhos de Martin Scorsese, é um belo colosso. Após seu carro inesperadamente explodir, o protagonista, Sam Rothstein (Robert De Niro), é arremessado aos créditos iniciais do filme, num grande delírio visual de letras e luminosos de Las Vegas.
O corpo de Sam, em queda livre, indo ao encontro das chamas, confirma sua descida aos infernos. E que descida. Ele vai se apaixonar por uma bela vadia (Sharon Stone), verá o fim da leal amizade pelo seu melhor amigo (Joe Pesci) e, o pior de tudo, terá sua grande arte (os próprios cassinos) caindo por terra.
Profundamente cético, sobre a crise generalizada e incontornável de tudo, o filme não tem o alto astral de "Os Bons Companheiros" e sua luminosa ascensão e queda. Obra-prima, "Cassino" é só ladeira abaixo.


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