São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Bom texto original impõe "aura" para "Treze Cadeiras"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se menciono aqui "Treze Cadeiras" (Canal Brasil, 16h30; livre), não é porque me agrade. Não, eu o vi há muitos anos e detestei. Mas é um filme que entusiasmou muito meus pais, que eram mais ligados à literatura do que ao cinema.
Baseia-se na história célebre, e já muito filmada, do sujeito que recebe uma herança, pensa que é fortuna, mas, quando vai ver, é um conjunto de cadeiras. Do qual trata de se desfazer rapidinho. Mais tarde descobrirá que no assento de uma delas havia um monte de dinheiro.
A moral da história (dos meus pais, não do filme) é que pessoas com proximidade da literatura acreditam que um bom texto original garanta o conteúdo de um filme. Em alguns casos, ajuda. Em muitos outros, atrapalha: impõe uma certa pose ao filme, uma aura de "prestígio" que pode ser ruinosa. Como neste filme dirigido por Francisco Heichhorn.



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