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CRÍTICA DRAMA
Lang trata da irracionalidade das massas na trama de "Fúria"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Fritz Lang sofreu com interferências em "Fúria" (TCM, 14h, 12 anos), seu primeiro filme americano. Ao que parece, o original era puxado a simbolismos que os americanos não engoliram.
Joseph L. Mankiewicz foi quem salvou a obra. "Você estragou meu filme", respondeu Lang. Fritz Lang podia reclamar. Nós, não. Do jeito que está, está mais que bom.
A irracionalidade das massas é central na trama. Mas convém observar a vingança de Spencer Tracy, a vítima.
Talvez a sequência mais fantástica seja aquela em que as imagens de cinema são usadas, num tribunal, para elucidar a verdade. São 17 planos de tirar o fôlego. Era um tempo (1936) em que a imagem e a verdade pareciam uma só coisa.
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