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Maazel começou aos 5 e regeu aos 9
da Reportagem Local
Lorin Maazel, neto de um violinista russo emigrado para os Estados Unidos, nasceu em Neuilly-sur-Seine, um subúrbio aristocrático de Paris, em março de 1930.
Estudou piano e violino a partir
dos 5 anos e regência com Vladimir Bakaleinikoff -a única pessoa que verdadeiramente lhe ensinou os segredos de uma orquestra sinfônica, segundo disse em
entrevista à Folha em 1996.
Aos 9 anos de idade foi, pela primeira vez, maestro de uma orquestra de estudantes. Preencheu
o figurino do músico precoce, valorizado ainda hoje ao extremo
pelo mercado musical norte-americano. Nessa condição dividiu com Leopold Stokowski uma
récita da Filarmônica de Los Angeles e foi convidado por Arturo
Toscanini para, com 11 anos, reger a Sinfônica da NBC.
Aos 12, ele regeu a Filarmônica
de Nova York. Aos 13, a de Cleveland.
Estudou filosofia e matemática
na Universidade de Pittsburgh.
Foi violista na orquestra daquela
cidade e, em seguida, bolsista da
fundação Fulbright para estudar
na Itália música barroca.
Aos 30 anos, tornou-se o mais
jovem e o primeiro norte-americano a reger no festival wagneriano de Bayreuth (um "Lohengrin"). Dois anos depois, dirige
no Met, de Nova York, um "Don
Giovanni", de Mozart.
Substituiu Ferenc Fricsay, em
1964, como titular da Sinfônica da
Rádio de Berlim, passando a acumular, desde então, postos de
prestígio.
Foi assistente de Klemperer na
Nova Filarmonia, de Londres, sucessor de Georg Szell na Orquestra de Cleveland e convidado da
Nacional da França.
Esse namoro ininterrupto com
o sucesso sofreria um tropeço em
1984. Desentendeu-se com a Ópera de Viena -da qual se tornara
diretor dois anos antes- e rompeu precocemente o contrato
com aquele teatro.
Uma brasileira
Em suas últimas apresentações
em São Paulo, ele regeu a Academia de Santa Cecília (1989), a Sinfônica de Pittsburgh (1993) e a
Sinfônica da Rádio Bávara (1995).
O regente Lorin Maazel, 69, foi
casado com uma brasileira e fala
português fluentemente.
(JBN)
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