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MÍDIA
Novo texto do anteprojeto traz mudanças quanto à propriedade de emissoras e concentra poderes no ministério
Governo nega versões da lei de TV
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Com a divulgação pela Internet
de uma segunda versão do anteprojeto da Lei de Comunicação
Eletrônica de Massa, com normas
para a radiodifusão, o Ministério
das Comunicações soltou nota dizendo que o mesmo "ainda se encontra sob estudos".
O site www.anatele.com.br, que
divulgou o texto, diz tratar-se da
"íntegra do projeto de lei que se
encontra na Casa Civil da Presidência", o que o ministério nega.
Diz a nota que, "no momento
em que o anteprojeto estiver
pronto para ser enviado à Casa
Civil, o ministério colocará seu
texto para consulta pública, na Internet". Não foi definida data para
divulgação do texto final, o que
deve ser feito no site da própria
pasta (www.mc.gov.br).
É prometido na "nota oficial"
um mês de "amplos debates com
a sociedade", antes do envio do
projeto ao Congresso.
Em relação à primeira versão,
também disponível na Internet
(www.acessocom.com.br/
lei-comunica.htm) e também
negada oficialmente pelo ministério, a nova mantém quase a mesma redação, com mudanças pontuais, mas importantes.
A mais significativa retira do
anteprojeto o veto à propriedade,
"na mesma localidade, de prestadora de serviço de TV a cabo e de
radiodifusão de sons e imagens".
Assim, não seria mais proibida a
propriedade cruzada, por exemplo, da Net (cabo) e da Globo (radiodifusão) em São Paulo.
Outras regras desconcentradoras do texto original, como a exigência de maior programação regional nas emissoras afiliadas,
também seriam suprimidas ou limitadas.
Segundo o site que divulgou o
texto alterado, para fazer as mudanças "foram ouvidos (pelo ministério) principalmente os donos
de emissoras".
Mas a nova versão manteve o
veto à propriedade de "prestadoras de serviço de radiodifusão
que, em conjunto, cubram mais
de 30% dos domicílios com aparelhos receptores de televisão no
país". É uma restrição a redes como Globo e Record, que já teriam
hoje, com emissoras próprias, cobertura superior aos 30%.
Em outro ponto polêmico, a nova versão adia a transferência de
poderes do Ministério das Comunicações para a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações).
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