|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DESIGN
Segunda edição começa no dia 7 de outubro com participação de cem países; peça dos irmãos Campana é destaque
Mostra de Saint-Étienne traz obras de 18 brasileiros
FERNANDA CIRENZA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua segunda edição, a Bienal
Internacional de Design de Saint-Étienne (França) apresenta, de 7 a
15 de outubro, trabalhos de 18
profissionais brasileiros, além de
outros selecionados em cerca de
cem países.
Para o curador Eric Jordan, o
design nacional é importante por
ser o Brasil um país jovem. "Essa
juventude reflete um dinamismo
e uma necessidade de o país se inserir no contexto mundial", disse
ele, em entrevista por e-mail.
Eric Jordan citou como melhores trabalhos nacionais expostos
no evento os produzidos pelos estúdios E 27, de Fabio Falanghe e
Giorgio Giorgi, e pelo Campana,
dos irmãos Fernando e Humberto Campana.
Os primeiros vão levar uma série de luminárias desenhadas pelos próprios e peças de André
Wagner. "A gente também fabrica objetos de outros designers",
afirmou Falanghe.
Os irmãos Campana participam
com um único vaso. Batizado de
batuque, é formado por quatro
tubos de ensaio ligados entre si.
De acordo com Rebeca Barreto,
uma das responsáveis pela logística que envolve o transporte de peças de toda a participação brasileira, o vaso pode ficar estável de três
maneiras diferentes.
"É uma composição estranha e
engraçada", disse ela, que trabalha no estúdio dos Campana há
cinco anos.
Jacqueline Terpins também
participa com peças de vidro. São
um banco, uma estante e sete objetos úteis, como castiçais, vasos e
pesos de papel. "Uso vidro laminado, próprio para construções.
São peças seguras", afirmou.
"Veterano"
O "veterano" da recente bienal é
Hugo França. Em 1998, ele participou da mostra com apenas um
banco de madeira. Agora, leva
três peças (uma poltrona, uma
mesa e uma luminária), todas
produzidas a partir de troncos
ocos de árvores.
"É uma mostra ampla, em que
você vê desde novos projetos de
escova de dentes a design de carros", afirmou França.
Participam ainda do evento
Carlos Mota, Kimi Nii, Maria Pessoa, Vera Lopes, Patrícia Bowles,
Fernando Jaeger, Robison Baldança, Camila Fix, Mirla Fernandes, Claudya Piazera e Guto Índio
da Costa.
A Bienal Internacional de Saint-Étienne acontece no Museu de
Arte Moderna da cidade e na Escola de Belas Artes.
Texto Anterior: Artes Plásaticas: Bienal de SP deve ter curador estrangeiro
Próximo Texto: Curso: Folha promove 2º programa de treinamento em jornalismo gráfico
Índice
|
