DO ENVIADO AO RIO

Herbert Vianna já consegue andar. Essa é a ótima notícia dada pela europsicóloga Lúcia Willadino Braga, diretora-executiva da rede Sarah de Hospitais, de Brasília, ao dizer que a recuperação veio "com muita velocidade e muita qualidade".
"O Herbert tem uma paraplegia devido à lesão medular. Significa que ele tem poucos movimentos voluntários nas pernas. No que se refere a andar, hoje ele consegue caminhar pequenas distâncias usando aparelhos nas pernas e apoio de barras paralelas ou andador", afirmou a médica, por e-mail.
"Quanto à possibilidade de ele voltar a andar de forma independente, com agilidade, é preciso acompanhar. Não podemos falar em percentagens. A medicina vem fazendo progressos."
Também há avanços no cérebro de Vianna: "A parte lesada não vai se regenerar, mas outras áreas já estão assumindo suas funções".
A lesão prejudicou a área da memória. Vianna perdeu parte da memória dos últimos dois anos antes do acidente. "O outro problema está relacionado à vida cotidiana pós-acidente. Ele se lembra dos fatos relacionados às suas atividades profissionais e aos filhos e esquece informações menos relevantes para a sua vida, como, por exemplo, o que comeu no café da manhã."
O inquérito aberto na ocasião do acidente ainda corre, já que o juiz responsável alegou haver indícios dos crimes de homicídio culposo e perigo. Segundo a assessoria da Procuradoria Geral do Estado do Rio, está sendo analisada a constatação de um problema em diversas unidades do ultraleve Fascination Segunda Geração.
Há um ano, o Departamento de Aviação Civil percebeu uma falha na fuselagem do modelo e orientou proprietários a não decolar. Segundo a assessoria do DAC, o fabricante fez um recall para os modelos. (IF)


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