São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica


Drama "Boogie Nights" flagra transição no mundo do sexo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não me lembro de nenhum filme de Paul Thomas Anderson melhor que "Boogie Nights - Prazer sem Limites" (VH1, 22h, 18 anos). Estamos na indústria do cinema pornô, na passagem dos anos 70 para os 80, e ali pontifica o diretor Burt Reynolds, que descobre em Mark Wahlberg, ou Dirk Diggler, uma nova estrela.
Ao lado deles há um monte de almas perdidas, ou coisa assim: a estrela pornô Julianne Moore, a starlet que vive sobre patins, o assistente com sua mulher que transa com todo mundo. É isso: a passagem de um mundo que vem de se liberar sexualmente, que não sabe como lidar com a liberdade, para outro em que a sexualidade é direito adquirido. Antes, existe uma pornografia, digamos, romântica. Depois, um comércio.
Com elenco memorável, a passagem de momentos é marcada magnificamente por um suicídio (não direi de quem).

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