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TELEVISÃO
Crítica
Drama "Boogie Nights" flagra transição no mundo do sexo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não me lembro de nenhum
filme de Paul Thomas Anderson melhor que "Boogie
Nights - Prazer sem Limites" (VH1, 22h, 18 anos). Estamos na indústria do cinema
pornô, na passagem dos anos
70 para os 80, e ali pontifica o
diretor Burt Reynolds, que descobre em Mark Wahlberg, ou
Dirk Diggler, uma nova estrela.
Ao lado deles há um monte
de almas perdidas, ou coisa assim: a estrela pornô Julianne
Moore, a starlet que vive sobre
patins, o assistente com sua
mulher que transa com todo
mundo. É isso: a passagem de
um mundo que vem de se liberar sexualmente, que não sabe
como lidar com a liberdade, para outro em que a sexualidade é
direito adquirido. Antes, existe
uma pornografia, digamos, romântica. Depois, um comércio.
Com elenco memorável, a
passagem de momentos é marcada magnificamente por um
suicídio (não direi de quem).
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