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Montagem de Zé Celso para "Os Sertões" chega ao cinema
Para evitar tom de teatro filmado, produções trazem cortes ágeis
MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO
Clássico da literatura, "Os
Sertões" invade hoje os cinemas de forma tão grandiloquente quanto aterrissou nos
palcos de teatro há oito anos.
Por trás de ambas as empreitadas está José Celso
Martinez Corrêa, fundador
do Teatro Oficina.
As cinco montagens que
ele criou a partir da obra de
Euclydes da Cunha serão exibidas até sexta, no Cine Livraria Cultura -e devem ser
lançados em DVD.
A primeira parte -"A Terra", de Tommy Pietra- abre
hoje a programação. No dias
seguintes, serão exibidos "O
Homem I", de Fernando
Coimbra, "O Homem II", de
Marcelo Drumont e Gabriel
Fernandez, "A Luta I", de
Elaine César, e "A Luta II", de
Eryk e Pedro Paulo Rocha.
O ciclo "Os Sertões" estreou em 2002. Todas as gravações ocorreram na sede do
Teatro Oficina, no Bixiga.
Antes o grupo já havia gravado algumas peças, "mas
nada se compara a "Os Sertões"", diz José Celso. "Os diretores deram um ritmo musical às peças." O resultado
soma cerca de 26 horas.
"As sensações se completam. No teatro você não consegue ver tudo. Já o cinema
pode captar toda a vivência."
Tommy Pietra, há 12 anos
no Oficina, foi o responsável
pela gravação de "A Terra".
Com 12 câmeras, registrou
duas apresentações da peça
para chegar ao filme.
Em "A Terra", há movimentos de câmera e cortes
ágeis, para dar "cara" de cinema. "Tentamos evitar a
sensação de teatro filmado,
que costuma ser chato."
OS SERTÕES
ONDE Cine Livraria Cultura
(av. Paulista, 2073;
tel. 0/ xx/11/ 3285-3696)
QUANDO hoje, às 19h;
de ter. a sex., às 18h
QUANTO grátis
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