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Exibição do filme lota cidade
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Canudos
A exibição do filme "Guerra de
Canudos" em praça pública trouxe aos moradores de Canudos
(BA) sentimentos de revolta e fanatismo vividos por seus conterrâneos no final do século passado.
As baixas militares foram comemoradas com entusiasmo pelas
cerca de 5.000 pessoas que assistiram anteontem à noite, pela primeira vez, à exibição de um filme
de cinema na cidade.
"Não sei se o sofrimento dos seguidores de Antônio Conselheiro
era maior do que o nosso hoje",
disse o comerciante Pedro Carlos
Rodrigues, 44.
Canudos parou anteontem para
assistir ao filme. Com duas horas
de antecedência para o início da
projeção, a avenida Juscelino Kubitschek (centro) estava completamente lotada.
As escolas suspenderam as aulas,
e os bares, lanchonetes e supermercados encerraram mais cedo
suas atividades. Os canudenses e
moradores de cidades vizinhas
chegaram à avenida JK a pé, em
carros, caminhões e ônibus.
O momento mais emocionante
do filme para os canudenses foi a
morte de Antônio Conselheiro.
Em silêncio absoluto, o público
acompanhou as palavras de despedida do líder religioso aos seus seguidores.
Único ator do filme a acompanhar sua projeção em Canudos,
Dody So (que interpreta o personagem Pajeú) disse que ficou muito satisfeito com a reação do público.
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