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Atriz se prepara para novo filme
DE NOVA YORK
Globalização é apelido. Um filme cuja estrela é espanhola que se
faz passar por baiana, dirigido por
uma venezuelana, escrito por
uma brasileira e bancado por
americanos. O resultado poderia
ser uma, digamos, internacional
batata Pringle's, mas "Sabor da
Paixão" está mais para uma enjoada manteiga de amendoim.
Penélope Cruz, a coitada que foi
pega para ser a latina de plantão
em Hollywood, vive a cozinheira
Isabella, que fica doente se é conduzida e não conduz (ao andar de
carro, ao transar com o marido).
Leia trechos da entrevista que ela
deu à Folha.
(SÉRGIO DÁVILA)
Folha - Hollywood era seu sonho?
Penélope Cruz - Não estava nos
meus planos, mas claro que eu estou gostando. É uma continuação
de algo que já faço há tempo, com
sucesso, na Espanha.
Folha - Uma espanhola viver uma
cozinheira brasileira é falta de
boas atrizes no Brasil?
Penélope - Não sei dizer. No
tempo que passei no Brasil, conheci pessoas que são boas companhias e boas de fazer festa. Mas
não vi ninguém trabalhando.
Folha - Sua viagem valeu para conhecer a cultura brasileira?
Penélope - Gostei muito do candomblé e do samba, por exemplo.
Fiquei muito interessada, pois
passei algum tempo na Bahia.
Folha - Você aprendeu algo da cozinha baiana?
Penélope - Não, não sei cozinhar
nada da culinária brasileira.
Folha - E em geral?
Penélope - Como moro a maior
parte do tempo em hotéis, não tenho tempo de cozinhar nunca.
Folha - O ator Harold Perrineau
disse que você é a alegria do set,
que adora fazer imitações...
Penélope - Mentira, sou muito
tímida, só fico à vontade entre os
atores e a gente do meio.
Folha - O que você vai fazer depois deste filme?
Penélope - Não sei, mas espero
um roteiro que Pedro Almodóvar
prometeu para mim e para o Antonio Banderas.
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