São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 2000

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Atriz se prepara para novo filme

DE NOVA YORK

Globalização é apelido. Um filme cuja estrela é espanhola que se faz passar por baiana, dirigido por uma venezuelana, escrito por uma brasileira e bancado por americanos. O resultado poderia ser uma, digamos, internacional batata Pringle's, mas "Sabor da Paixão" está mais para uma enjoada manteiga de amendoim.
Penélope Cruz, a coitada que foi pega para ser a latina de plantão em Hollywood, vive a cozinheira Isabella, que fica doente se é conduzida e não conduz (ao andar de carro, ao transar com o marido). Leia trechos da entrevista que ela deu à Folha. (SÉRGIO DÁVILA)

Folha - Hollywood era seu sonho?
Penélope Cruz -
Não estava nos meus planos, mas claro que eu estou gostando. É uma continuação de algo que já faço há tempo, com sucesso, na Espanha.

Folha - Uma espanhola viver uma cozinheira brasileira é falta de boas atrizes no Brasil?
Penélope -
Não sei dizer. No tempo que passei no Brasil, conheci pessoas que são boas companhias e boas de fazer festa. Mas não vi ninguém trabalhando.

Folha - Sua viagem valeu para conhecer a cultura brasileira?
Penélope -
Gostei muito do candomblé e do samba, por exemplo. Fiquei muito interessada, pois passei algum tempo na Bahia.

Folha - Você aprendeu algo da cozinha baiana?
Penélope -
Não, não sei cozinhar nada da culinária brasileira.

Folha - E em geral?
Penélope -
Como moro a maior parte do tempo em hotéis, não tenho tempo de cozinhar nunca.

Folha - O ator Harold Perrineau disse que você é a alegria do set, que adora fazer imitações...
Penélope -
Mentira, sou muito tímida, só fico à vontade entre os atores e a gente do meio.

Folha - O que você vai fazer depois deste filme?
Penélope -
Não sei, mas espero um roteiro que Pedro Almodóvar prometeu para mim e para o Antonio Banderas.


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