São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 2000

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CINEMA/ESTRÉIAS

"SOB A LUZ DA FAMA"
Filme é bonitinho, mas ordinário

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Além de filmes como "As Bruxas de Salém", Nicholas Hytner também dirigiu musicais da Broadway, como "Miss Saigon" e "Carousel". Mesmo com essa experiência, o diretor não soube escapar da trivialidade em "Sob a Luz da Fama" ("Center Stage"), seu primeiro longa-metragem sobre dança.
Bonitinho, mas ordinário, "Sob a Luz da Fama" tem como personagens jovens bailarinos em busca da afirmação profissional. Para formar o elenco, o diretor foi atrás de talentos reais em algumas das melhores companhias dos EUA, como o American Ballet Theater (ABT) e o San Francisco Ballet.
Com isso, conseguiu levar para as telas o virtuosismo técnico de Ethan Stiefel, um dos atuais solistas do ABT. Para o público teen, "Sob a Luz da Fama" pode representar um entretenimento de fim de tarde, reforçado pelo glamour dos ambientes retratados.
Mais do que isso não é permitido pelo roteiro, centralizado em disputas de bastidores de personagens superficialmente abordados. Mesmo o deleite que coreografias consagradas -como "Stars and Stripes", de Balanchine- poderiam proporcionar acaba tragado pelo show musical em que o filme se transforma.

Sob a Luz da Fama
Center Stage
  
Direção: Nicholas Hytner
Produção: EUA, 2000
Com: Amanda Schull, Zoë Saldana
Quando: a partir de hoje nos cines Central Plaza, Jardim Sul e circuito



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