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CINEMA/ESTRÉIAS
"SOB A LUZ DA FAMA"
Filme é bonitinho, mas ordinário
ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Além de filmes como "As
Bruxas de Salém", Nicholas
Hytner também dirigiu musicais
da Broadway, como "Miss Saigon" e "Carousel". Mesmo com
essa experiência, o diretor não
soube escapar da trivialidade em
"Sob a Luz da Fama" ("Center
Stage"), seu primeiro longa-metragem sobre dança.
Bonitinho, mas ordinário, "Sob
a Luz da Fama" tem como personagens jovens bailarinos em busca da afirmação profissional. Para
formar o elenco, o diretor foi atrás
de talentos reais em algumas das
melhores companhias dos EUA,
como o American Ballet Theater
(ABT) e o San Francisco Ballet.
Com isso, conseguiu levar para
as telas o virtuosismo técnico de
Ethan Stiefel, um dos atuais solistas do ABT. Para o público teen,
"Sob a Luz da Fama" pode representar um entretenimento de fim
de tarde, reforçado pelo glamour
dos ambientes retratados.
Mais do que isso não é permitido pelo roteiro, centralizado em
disputas de bastidores de personagens superficialmente abordados. Mesmo o deleite que coreografias consagradas -como
"Stars and Stripes", de Balanchine- poderiam proporcionar
acaba tragado pelo show musical
em que o filme se transforma.
Sob a Luz da Fama
Center Stage
Direção: Nicholas Hytner
Produção: EUA, 2000
Com: Amanda Schull, Zoë Saldana
Quando: a partir de hoje nos cines
Central Plaza, Jardim Sul e circuito
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