São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 2002

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FILMES

A Tribo dos Krippendorf
SBT, 14h15.

(Krippendorf's Tribe). EUA, 98, 94 min. Direção: Todd Holland. Com Richard Dreyfuss, Jenna Elfman. Antropólogo picareta vive de bolsa de trabalho para estudar uma tribo na Nova Guiné. Após dois anos, descobre que tal tribo não existe e decide forjar uma quando precisa defender uma tese.

Bud 2 - O Atleta de Ouro
Globo, 15h55.

(Air Bud 2). EUA/Canadá, 98, 90 min. Direção: Richard Martin. Com Kevin Zegers, Cynthia Stevenson. O (mau) arroz-com-feijão das sessões vespertinas e um animal (no caso Bud, um cachorro) com inteligência acima da média em sequência de produção desnecessária. Aqui, Bud ajuda uma equipe de futebol americano e termina sendo sequestrado. Para crianças ou fãs de programas do canal Animal Planet.

As Três Mulheres
Bandeirantes, 22h.

(Three Women). EUA, 77, 123 min. Direção: Robert Altman. Com: Shelley Duvall, Sissy Spacek. Trama estranha, gente esquisita em um bom Altman. Duas mulheres que trabalham em uma clínica descobrem que compartilham o mesmo amante. Depois disso, segue-se um acidente e Spacek começa a assumir a personalidade de Duvall. "Zeitgeist" dos anos 70?

Intercine
Globo, 1h45.

Os telespectadores poderão optar entre o suspense "Tráfico de Vidas" (95, de John Harrison, com Peter Onorati, Alice Krige) e a comédia "Te Amarei até Te Matar" (90, de Lawrence Kasdan, com Kevin Kline, Tracey Ullman).

Dallas: O Retorno de J.R.
SBT, 2h.

(Dallas: J.R Returns). EUA, 96, 120 min. Direção: Ron Howard. Com Rosalind Allen, Christopher Demetral. Direto de uma das séries mais bem-sucedidas (e cafonas) da TV norte-americana, o famigerado J.R. volta à sua cidade natal para recuperar empresas da família.

Digital Man
Globo, 3h30.

(Digital Man). EUA, 94, 95 min. Direção: Phillip Roth. Com Ken Olandt, Kristen Dalton. Robô indestrutível criado em laboratório foge de controle e pode desencadear disparo de mísseis nucleares. Em outras palavras, de novo, a velha obsessão norte-americana com mísseis nucleares, andróides etc. Sono, muito sono. (BRUNO YUTAKA SAITO)

Ensaio sobre a discriminação

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

São raros, hoje, os cineastas militantes. Mas esses raros parecem ter compreendido que a única maneira de expor sua causa é mostrar tanto quanto possível todos os lados da questão.
Um exemplo disso é o israelense Amos Gitai. Outro, o americano Spike Lee. Perdão: afro-americano.
Pois seus filmes, como "A Hora do Show" (HBO, 21h), se tratam da secular opressão dos negros pelos brancos nos EUA, observam antes de mais nada os efeitos dessa opressão.
Aqui, um produtor de TV negro cria um programa que ressuscita os tempos em que atores brancos, com o rosto pintado, faziam o papel de negros. Como agora os atores são negros, trata-se de demonstrar, com precisão matemática, como o negro pode passar de vítima a cúmplice da própria discriminação.


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