São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 2006

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Cauby! Cauby!

O "maior cantor do Brasil" lança CDs e DVD, diz que é "muito simples", mas admite gostar da devoção dos fãs

RAFAEL CARIELLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Alguma coisa acontece no Bar Brahma, no centro de São Paulo, às 21h30 da última terça-feira. "Ele já chegou?", pergunta o barman de uma das áreas reservadas da casa de shows, localizada na esquina da av. Ipiranga com a av. São João. "Chegou", responde o garçom.
Alvoroço. Uma cesta de frutas e água sem gelo nem gás são levadas para a salinha privativa onde ele se encontra, com espaço para apenas uma mesa, entre as paredes espelhadas.
Um cliente na área ao lado, reservada e separada do salão principal por um par de portas e um corredor, chama alguém pelo celular e avisa: "Cauby está aqui do meu lado".
Aos 75 ("anjos não têm idade", informa sua assessora de imprensa e secretária particular, Nancy Lara), Cauby Peixoto se move com alguma dificuldade e é amparado por assessores até chegar à mesa em que falará com a Folha sobre seus próximos lançamentos.
O CD e o DVD ao vivo "Eternamente Cauby", pela gravadora Atração, com clássicos como "Conceição" e "Bastidores", chegam às lojas no próximo dia 15. "Cauby Canta Baden", pelo selo Entrelinhas, com interpretações de Baden Powell, na semana que vem.
De camisa e terno pretos, com gravata e bordados dourados, aquele que segundo o "Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira" "é considerado por dez entre dez figuras da MPB como o maior cantor do Brasil" fala sobre a carreira, diz que sua grande conquista foi a devoção dos fãs, afirma se arrepender de ter voltado ao Brasil depois de temporadas nos EUA no final dos anos 50 e avalia que faltam cantores de qualidade no país.
Antes de iniciar o show da noite -Cauby passa entre as mesas do salão e se encaminha para o palco cantando "Sampa", de Caetano Veloso-, ele ainda descreve seus encontros com os ídolos Nat King Cole e Frank Sinatra e fala sobre o fato de, "no fundo", ser uma pessoa "muito simples".


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