São Paulo, terça-feira, 27 de novembro de 2007

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Crítica

"As Safadas" é ótimo filme de baixo orçamento

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Orson Welles ia além das condições para levar seus projetos a cabo. Endividava-se, pedia empréstimos, filmava ininterruptamente e em vários países. O resultado é uma das obras mais geniais da história do cinema.
Welles não foi o único. Há um punhado de exemplos em que diretores estouram prazos e borderôs para levar à tela algo ao nível das nuvens, de Stanley Kubrick a Francis Ford Coppola e Michael Mann.
Criar acima das condições possíveis é a chave para um filme transcender, ser algo mais, e isso é algo bastante notável numa arte como a do cinema, que depende e despende de capital para sua viabilização.
Foi sob baixíssimo orçamento (e crise da pornochanchada, em 1982) que Inácio Araujo, crítico da Folha, dirigiu "Uma Aula de Sanfona", um dos três episódios de "As Safadas" (Canal Brasil, 0h). O resultado é um ótimo filme, cujas imagens ilustram bem uma crônica de costumes libertária. Talvez Araujo pretendesse ir além das nuvens, talvez à estratosfera.


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