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TELEVISÃO
Crítica
Julie Costa-Gavras segue seu pai com voz própria
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Costa-Gavras pode se orgulhar de sua filha Julie. Ela seguiu os passos do pai, tornou-se
cineasta, mas manifesta uma
personalidade própria.
Seu "A Culpa É do Fidel"
(Cinemax, 15h45; livre) é um
pequeno e simpático filme sobre como uma menina dos
anos 60/70 do século passado
observa seus pais, ativistas (de
esquerda, claro), envolvidos
com quase todas as boas causas
do planeta.
E isso atrapalha sua vida familiar. Chegar em casa e encontrar um bando de barbudos
conspirando. Ou ter de suportar as longas ausências dos
pais, por exemplo.
De quem seria a culpa dessa
infância particular? De Fidel,
claro. Fidel Castro. Ao menos é
o que lhe ensina a empregada
reacionária.
E é como ela vivencia as coisas que agora, século 21, coloca
em imagens, não sem distância,
não sem ironia, não sem nostalgia. Ali está, afinal, uma infância digna de ser narrada.
Ah, hoje "Um Lugar Chamado Notting Hill" passa
duas vezes: às 15h (A&E) e às
22h (MGM; 12 anos).
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