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CRÍTICA DRAMA
Filme de Griffith de 1916 continua atual no Brasil intolerante
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Eis um filme a calhar para
o Brasil atual: "Intolerância" (Futura, 1h, 12 anos).
Não faltará quem torça o nariz: mudo, em preto e branco, do desconhecido D.W.
Griffith, que sentido faz?
Bem, para começar, isso
que costumamos ver, esse jogo de sensações e sentimentos que se desenvolve na tela, onde parece que uma
imagem chama outra, deve
quase tudo ao tal Griffith. E
esse jogo de imagens distantes que se tocam é que se
chama montagem.
Aqui temos quatro histórias paralelas, desenvolvendo-se em várias épocas, em
que a ideia de intolerância é
central. E por que seria isso
tão a propósito no Brasil
atual? Olhe para os lados.
Para as agressões gratuitas
na av. Paulista, para os tons
da "batalha de Lobato", para
os rancores políticos.
Com efeito, há muitos filmes programados, mas
quem quer ver algo realmente atual ficará com "Intolerância", de 1916.
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