São Paulo, sábado, 27 de novembro de 2010

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CRÍTICA DRAMA

Filme de Griffith de 1916 continua atual no Brasil intolerante

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Eis um filme a calhar para o Brasil atual: "Intolerância" (Futura, 1h, 12 anos). Não faltará quem torça o nariz: mudo, em preto e branco, do desconhecido D.W. Griffith, que sentido faz?
Bem, para começar, isso que costumamos ver, esse jogo de sensações e sentimentos que se desenvolve na tela, onde parece que uma imagem chama outra, deve quase tudo ao tal Griffith. E esse jogo de imagens distantes que se tocam é que se chama montagem.
Aqui temos quatro histórias paralelas, desenvolvendo-se em várias épocas, em que a ideia de intolerância é central. E por que seria isso tão a propósito no Brasil atual? Olhe para os lados. Para as agressões gratuitas na av. Paulista, para os tons da "batalha de Lobato", para os rancores políticos.
Com efeito, há muitos filmes programados, mas quem quer ver algo realmente atual ficará com "Intolerância", de 1916.


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