São Paulo, quinta-feira, 27 de dezembro de 2001

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BIENAL

Presidente da fundação afirma que reformas nas instalações elétricas do pavilhão estarão concluídas em janeiro

Orçamento garante boa Bienal, diz Carlos Bratke

DA REPORTAGEM LOCAL

Até o mês passado, o clima era de apreensão na Fundação Bienal de São Paulo. Os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos haviam abalado também as estruturas da 25ª Bienal de São Paulo. Receosos, potenciais patrocinadores evitavam se comprometer com a instituição.
"Foi apenas nos últimos dias que começamos a obter confirmações. Já temos R$ 13 milhões assegurados, o que garante que será uma boa Bienal", afirma Carlos Bratke, o presidente da Fundação Bienal.
Segundo Bratke, entre os patrocinadores, já estão acertadas as participações dos bancos Santos e Itaú, da Votorantim, da Unisys e da Icatu Seguros.
O edifício da Bienal, no parque Ibirapuera, entra agora em ritmo acelerado para se adequar ao evento.
No ano passado, a péssima condição da parte elétrica do prédio foi alegação para o adiamento do evento para 2002, o que gerou uma série de crises na fundação, que culminou com o pedido de demissão do então curador-geral Ivo Mesquita.
Por enquanto, apenas o segundo andar passou por reformas. "Até o final de janeiro, toda a parte elétrica estará pronta", afirma Bratke.

Vanessa Beecroft
Ponto para o curador Alfons Hug, que conseguiu confirmar a presença não só do norte-americano Spencer Tunick (que faz fotos de aglomerações de pessoas nuas), mas também da italiana Vanessa Beecroft, 32, popstar das artes plásticas.
A artista é hoje uma das mais populares do circuito. Costuma realizar performances com modelos femininas, também quase sem roupa.
Beecroft estará no Brasil nos próximos dias 11 e 12 para selecionar seu casting.
Mulheres interessadas, que precisam ter no mínimo 1,68 m, devem se dirigir ao prédio da Bienal, no parque Ibirapuera, entre 14h e 18h.
Vanessa Beecroft realizará a performance no dia 24 de março, um dia após a abertura da 25ª Bienal de São Paulo, apenas para convidados.
No dia seguinte fará registros em fotografia e vídeo. O custo é de US$ 150 mil, patrocinado pelo banco Santos.
Já Tunick fará suas fotos em abril, durante a Bienal. Em fevereiro próximo, ele vem ao Brasil para escolher o lugar.
"Espero que seja no parque, próximo ao prédio da Bienal", diz o curador-geral, Alfons Hug. Não haverá seleção, e a Bienal irá divulgar o dia em que a ação ocorrerá. Toda nudez será permitida na 25ª Bienal de São Paulo.
(FABIO CYPRIANO)



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