São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 2005

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MÚSICA ERUDITA

Sociedade inicia renovação de suas assinaturas no dia 16; especialistas nos clássicos farão apresentações

Cultura Artística traz grandes orquestras em 2006

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Sociedade de Cultura Artística inicia a renovação de suas assinaturas em 16 de janeiro. E oferece para o ano que vem uma temporada bastante sedutora.
Ela começa em março, com a Orquestra da BBC da Escócia, o melhor dos conjuntos sinfônicos da emissora britânica, que já teve como regentes permanentes Colin Davis, Leonard Slatkin e Pierre Boulez. É uma especialista refinada no repertório de difícil execução. Na segunda récita dessa sua primeira vinda a São Paulo, fará a "Sinfonia nš 4" de Gustav Mahler, em que a solista do quarto movimento, Sehr behaglich, será a soprano Barbara Hanningam.
Há três outras orquestras sinfônicas na programação. A seguinte será, em maio, a Filarmônica Tcheca, principal orquestra de Praga. Traz no repertório três peças de Dvorak, o compositor nacional. Na primeira récita, fará, de Beethoven, o "Concerto para Piano nš 5" ("O Imperador"), com a solista Elisabeth Leonskaya.
Em outubro, virá a Orquestra Filarmônica da Noruega, regida por Olaf Henzold. Ele fará a versão integral de "Peer Gyint", composta por Edvard Grieg como música incidental para a peça homônima de Ibsen. Há resenhas elogiosas de desempenhos recentes de Henzold nessa obra em Lucerna, Estrasburgo e Bilbao.
Em setembro, a Filarmônica Estatal da Renânia chega com o Coro Bach de Mainz e duas peças de Händel ("Dixit Dominus" e "Messias", versão de Mozart) e a "Grande Missa" de Mozart.
Por fim, em outubro, a Orquestra Nacional da Espanha, regida por Josep Pons. Ela apresentará em duas récitas o mesmo repertório de Manuel de Falla, com a abertura de "El Amor Brujo" e, em seguida, "La Vida Breve".
O tenor mexicano Ramon Vargas, com intensa carreira operística, apresenta-se em maio com a pianista russa Mzia Bachtourize.
O violinista Vadim Repin se apresentou no Cultura Artística em 1999. O pianista Nikolai Lugansky, em 2002. Os dois russos voltam juntos, em programa de Bartók, Schubert, Pärt e Franck.
Também está de volta, depois de cinco anos, o Quarteto Alban Berg, conjunto de câmara austríaco sobre o qual os adjetivos seriam inúteis. Trará peças de Mozart e Bartók, com a violista Isabel Charisius no lugar de Thomas Kakuska, que morreu neste ano.
De Berlim virá a Akademie für Alte Musik. O grupo da ex-Berlim Oriental já gravou ou se apresentou com René Jacobs, Reinhard Goebel ou Ton Koopman. É um especialista na primeira metade do século 18. Mas vem da segunda metade o repertório que ele interpretará em São Paulo, com Mozart e Haydn.
Por fim, e ainda com uma forte reputação como intérprete de música antiga, há Les Musiciens du Louvre. É um conjunto de excelência entre os poucos que se destacaram na França. Regidos pelo fagotista Mark Minkowski, Les Musiciens estão há três meses entre os mais vendidos na Europa, em razão do CD "Opera Proibita", em que interpretam com a mezzo Cecilia Bartoli peças de Scarlatti, Händel e Caldara.


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