|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÚSICA ERUDITA
Sociedade inicia renovação de suas assinaturas no dia 16; especialistas nos clássicos farão apresentações
Cultura Artística traz grandes orquestras em 2006
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Sociedade de Cultura Artística inicia a renovação de suas assinaturas em 16 de janeiro. E oferece para o ano que vem uma temporada bastante sedutora.
Ela começa em março, com a
Orquestra da BBC da Escócia, o
melhor dos conjuntos sinfônicos
da emissora britânica, que já teve
como regentes permanentes Colin Davis, Leonard Slatkin e Pierre
Boulez. É uma especialista refinada no repertório de difícil execução. Na segunda récita dessa sua
primeira vinda a São Paulo, fará a
"Sinfonia nš 4" de Gustav Mahler,
em que a solista do quarto movimento, Sehr behaglich, será a soprano Barbara Hanningam.
Há três outras orquestras sinfônicas na programação. A seguinte
será, em maio, a Filarmônica
Tcheca, principal orquestra de
Praga. Traz no repertório três peças de Dvorak, o compositor nacional. Na primeira récita, fará, de
Beethoven, o "Concerto para Piano nš 5" ("O Imperador"), com a
solista Elisabeth Leonskaya.
Em outubro, virá a Orquestra
Filarmônica da Noruega, regida
por Olaf Henzold. Ele fará a versão integral de "Peer Gyint", composta por Edvard Grieg como
música incidental para a peça homônima de Ibsen. Há resenhas
elogiosas de desempenhos recentes de Henzold nessa obra em Lucerna, Estrasburgo e Bilbao.
Em setembro, a Filarmônica Estatal da Renânia chega com o Coro Bach de Mainz e duas peças de
Händel ("Dixit Dominus" e
"Messias", versão de Mozart) e a
"Grande Missa" de Mozart.
Por fim, em outubro, a Orquestra Nacional da Espanha, regida
por Josep Pons. Ela apresentará
em duas récitas o mesmo repertório de Manuel de Falla, com a
abertura de "El Amor Brujo" e,
em seguida, "La Vida Breve".
O tenor mexicano Ramon Vargas, com intensa carreira operística, apresenta-se em maio com a
pianista russa Mzia Bachtourize.
O violinista Vadim Repin se
apresentou no Cultura Artística
em 1999. O pianista Nikolai Lugansky, em 2002. Os dois russos
voltam juntos, em programa de
Bartók, Schubert, Pärt e Franck.
Também está de volta, depois
de cinco anos, o Quarteto Alban
Berg, conjunto de câmara austríaco sobre o qual os adjetivos seriam inúteis. Trará peças de Mozart e Bartók, com a violista Isabel
Charisius no lugar de Thomas Kakuska, que morreu neste ano.
De Berlim virá a Akademie für
Alte Musik. O grupo da ex-Berlim
Oriental já gravou ou se apresentou com René Jacobs, Reinhard
Goebel ou Ton Koopman. É um
especialista na primeira metade
do século 18. Mas vem da segunda
metade o repertório que ele interpretará em São Paulo, com Mozart e Haydn.
Por fim, e ainda com uma forte
reputação como intérprete de
música antiga, há Les Musiciens
du Louvre. É um conjunto de excelência entre os poucos que se
destacaram na França. Regidos
pelo fagotista Mark Minkowski,
Les Musiciens estão há três meses
entre os mais vendidos na Europa, em razão do CD "Opera Proibita", em que interpretam com a
mezzo Cecilia Bartoli peças de
Scarlatti, Händel e Caldara.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Soprano é um dos destaques no Mozarteum Índice
|