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Crítica
Roteirista-stripper leva "Juno" a fugir de obviedades
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não sei se gosto mesmo de
"Juno" (TC Light, 18h35, 12
anos) ou se gosto por causa da
roteirista, Diablo Cody. Na verdade, uma coisa leva a outra.
Diablo Cody é uma mulher curiosa, que à parte se graduar em
comunicações inventou o
"cody-nome" e foi ser stripper,
antes de virar escritora e, afinal, roteirista.
É um currículo muito bom
para fugir às obviedades. E ela
introduz aqui uma situação
bem atual, que toca à garotada
toda: uma menina fica grávida
do namorado. Que fazer? A
gente olha para a cara do garoto
e diz: tira fora. Mas ela busca
outros caminhos, entre eles entregar a futura criança a pais
adotivos, o que produz mais
problemas do que resolve.
Mesmo garotas que não tenham engravidado ou rapazes
que não conheçam essa situação se identificam com as questões no filme de Jason Reitman, onde Ellen Page brilha.
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