São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2002

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Electro, 20, se perverte

MARCELO NEGROMONTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em junho de 82, o mundo mudou para sempre. "Planet Rock" viu a luz pelas mãos de Afrika Bambaataa -então com 22 anos- e The Soulsonic Force e o produtor Arthur Baker com samples de "Trans-Europe Express" e "Numbers", do Kraftwerk.
Sintetizador e hip hop, Dusseldorf e Bronx, negro e branco, funk e Pac Man, robôs africanos; sem essa música não existiria metade do pop como é hoje.
A avenida para o tecno, house e vertentes começava a ser pavimentada (Cybotron entra em cena alguns meses depois de "Planet Rock", e, bom, o resto é história) até chegar -e retornar à Alemanha- a International DeeJay Gigolos (www.gigolo-records.de), gravadora do alemão DJ Hell, cujo numeroso elenco tem raízes fincadas nos frutos de Bambaataa com doses generosas de glamour trash.
Casos de Fischerspooner (www.fischerspooner.com), grupo de 15 loucos cujo norte é a estética do bizarro com sintetizadores, e Miss Kittin & The Hacker (cujo clipe de "1982" pode ser visto no site da gravadora), dupla francesa que lançou seu primeiro disco, "The First Album", e inclui perversão sexual "sintetizada", DMX Krew (www.dmxkrew.dircon.co.uk), entre outros.
Já há um festival dedicado exclusivamente ao gênero, o nova-iorquino Electroclash (www.electroclash.com), quase um subgênero em si, cuja primeira edição aconteceu em outubro passado e se pretende a antena do movimento.
O planeta rock do electro completa 20 anos em 2002 com corpo novo e o espírito de sempre: provocação estranha.

E-mail: m.negromonte@uol.com.br



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