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Electro, 20, se perverte
MARCELO NEGROMONTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Em junho de 82, o mundo
mudou para sempre. "Planet Rock" viu a luz pelas mãos
de Afrika Bambaataa -então
com 22 anos- e The Soulsonic
Force e o produtor Arthur Baker com samples de "Trans-Europe Express" e "Numbers", do
Kraftwerk.
Sintetizador e hip hop, Dusseldorf e Bronx, negro e branco,
funk e Pac Man, robôs africanos; sem essa música não existiria metade do pop como é hoje.
A avenida para o tecno, house
e vertentes começava a ser pavimentada (Cybotron entra em
cena alguns meses depois de
"Planet Rock", e, bom, o resto é
história) até chegar -e retornar
à Alemanha- a International
DeeJay Gigolos (www.gigolo-records.de), gravadora
do alemão DJ Hell, cujo numeroso elenco tem raízes fincadas
nos frutos de Bambaataa com
doses generosas de glamour
trash.
Casos de Fischerspooner
(www.fischerspooner.com),
grupo de 15 loucos cujo norte é a
estética do bizarro com sintetizadores, e Miss Kittin & The
Hacker (cujo clipe de "1982" pode ser visto no site da gravadora), dupla francesa que lançou
seu primeiro disco, "The First
Album", e inclui perversão sexual "sintetizada", DMX Krew
(www.dmxkrew.dircon.co.uk),
entre outros.
Já há um festival dedicado exclusivamente ao gênero, o nova-iorquino Electroclash (www.electroclash.com), quase um
subgênero em si, cuja primeira
edição aconteceu em outubro
passado e se pretende a antena
do movimento.
O planeta rock do electro
completa 20 anos em 2002 com
corpo novo e o espírito de sempre: provocação estranha.
E-mail: m.negromonte@uol.com.br
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