São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009 |
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CDs MPB Batucando MOACYR LUZ Gravadora: Biscoito Fino; Quanto: R$ 28,90; Avaliação: ótimo É como receita de ovo frito: não tem como dar errado. As melodias e harmonias de Moacyr Luz sob as letras de Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Hermínio Bello de Carvalho. Doze parcerias, todas inéditas. Mauro Diniz nos cavaquinhos, Carlinhos e Paulão 7 Cordas nos violões. Dividindo os vocais com o anfitrião, os mangueirenses Beth Carvalho e Tantinho da Mangueira, o portelense Zeca Pagodinho, Luiz Melodia da Estácio de Sá, Wilson das Neves da Império Serrano, Mart'nália e Martinho da Vila Isabel. Tradição do samba reunida entre o presente e o passado, sem pretensão nenhuma de inventar o futuro. POR QUE OUVIR: Se os nomes citados não são motivo suficiente, pela performance de Alcione na vingativa "Meu Nego". (MARCUS PRETO) Eletrônica Knowle West Boy TRICKY Gravadora: EMI; Quanto: R$ 28; Avaliação: ótimo Letras que parecem ter sido escritas num vocabulário próprio; canções cheias de camadas sombrias, com climas distópicos e apocalípticos. O universo musical de Tricky é dos mais misteriosos. Errático, esse inglês muitas vezes perde a mão. Neste oitavo disco de estúdio, ele acerta ao mesclar sonoridades como trip hop, blues e rock, em canções envolvidas por ruídos e texturas. POR QUE OUVIR: Tricky fazia parte do Massive Attack e ajudou a moldar o trip hop. Esse mundo eletrônico soturno ainda permanece em sua veia, mas acrescido de temperos diversos. Ouça "Joseph", "Puppy Toy" e "Veronika", por exemplo. (TN) MPB Cibelle CIBELLE Gravadora: ST2; Quanto: R$ 24,90; Avaliação: bom Lançado no exterior em 2003, o primeiro disco "oficial" da cantora brasileira ganha edição nacional. Aqui e ali estão toques eletrônicos já um tanto datados, na linha "new bossa" de Bebel Gilberto, mas o conjunto geral sobrevive bem ao tempo, como na suave "Só Sei Viver no Samba" e "Hate". Na segunda metade do disco, o lado mais maluco e neotropicalista de Cibelle dá as caras. POR QUE OUVIR: A edição brasileira tem duas faixas bônus: "About a Girl", versão irreconhecível para o rock do Nirvana, e "Green Grass". Boa cantora e compositora, Cibelle é daquelas artistas que não têm medo de experimentar. (BRUNO YUTAKA SAITO) Pop The Circus TAKE THAT Gravadora: Universal; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: regular Robbie Williams não quis participar da volta do Take That, a "boy band" inglesa que o tornou conhecido com hits como "Back for Good" e a regravação de "How Deep Is Your Love", nos anos 90. E então a banda seguiu sem ele, lançou "Beautiful World", em 2006, e vendeu 2,5 milhões de cópias só no Reino Unido. Mas quanto a banda ainda ameaça durar? Este segundo CD pós-volta prova que os garotos continuam com pouca criatividade, investindo em melodias fáceis e com batidas maçantes, como mostra a chata "Greatest Day". POR QUE OUVIR: Pelas músicas que fazem o Take That parecer qualquer outra banda, como a divertida "Hello" e a segunda parte de "Hold Up a Light", que fecha bem o CD... e só. (CRISTINA FIBE) Erudito SONGS OF JOY & PEACE YO-YO MA Gravadora: Sony; Quanto: R$ 27,90; em média Avaliação: ruim Não é a primeira vez em que um astro desce do Olimpo erudito para se esbaldar na auto-indulgência do "crossover". O aclamado violoncelista Yo-Yo Ma promove um balaio de 22 faixas, destinado a funcionar como música de fundo, em que cabem gatos de todas as procedências: tem desde o bluegrass de Alison Krauss ao pop desenxabido de James Taylor, passando pela reunião de três gerações da família Assad. O resultado oscila entre o anódino e o intragável. POR QUE NÃO OUVIR: Você terá oportunidades mais edificantes de curtir a sonoridade rica e a técnica superlativa de Yo-Yo Ma. (IRINEU FRANCO PERPETUO) Texto Anterior: Música: Pacote de CDs apresenta raridades dos anos 70 Próximo Texto: Conexão Pop: Do Boss às Garotas Índice |
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