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Série reúne o melhor da fotografia
"Coleção Folha Grandes Fotógrafos", cujo 1º volume chega às bancas no domingo, traz as imagens mais célebres da história
São 14 livros divididos por tema ("Metrópoles", "Guerra", entre outros), com fotos de Cartier-Bresson, Elliott Erwitt, Sebastião Salgado e outros
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grande mosaico do melhor da fotografia documental,
que revela de forma poética e
pontual os caminhos da humanidade durante o século 20, é o
mote da "Coleção Folha Grandes Fotógrafos" que terá "Metrópoles", o primeiro dos 14 volumes da série, lançado neste
próximo domingo.
Editados por módulos temáticos como "Guerra", "Religiões", "Trabalho" e "Cinema",
por exemplo, os 14 volumes da
coleção englobam cerca de 320
fotografias realizadas entre os
anos de 1930 e 2000 por 33 dos
mais importantes fotógrafos
documentaristas da história,
como Henri Cartier-Bresson,
Robert Doisneau, Robert Capa,
Elliott Erwitt, Dorothea Lange,
Steve McCurry, W. Eugene
Smith, além dos brasileiros Sebastião Salgado e Miguel Rio
Branco.
Além de pontuar momentos
cruciais da história -como a
Segunda Guerra Mundial, a
Grande Depressão americana,
a Revolução Cubana, a ascensão de Mao Tsé-tung na China
e o ataque terrorista de 11 de setembro nos EUA-, é possível
revisitar também instantes de
glamour das estrelas de Hollywood nos sets de filmagens, como Marilyn Monroe, Marlene
Dietrich, Joan Crawford e Ingrid Bergman, essa última fotografada pelo seu então namorado Robert Capa, em 1945, que a
acompanhava nos estúdios de
Los Angeles nos intervalos de
suas históricas coberturas de
guerras.
Além da obra de grandes profissionais que se infiltraram
nas coberturas fotográficas
mais relevantes do século passado, a "Coleção Folha Grandes
Fotógrafos" faz também um
panorama da evolução da linguagem fotográfica ao longo
dos últimos 70 anos. As primeiras imagens, da década de 1930,
já incorporam a herança das
vanguardas estéticas do início
do século 20 que sacudiram as
artes e o modo de pensar do homem moderno. Enquadramentos mais arrojados, ponto de
vista autoral, ângulos que priorizam a harmonização das formas, como nas imagens da escola francesa, encabeçada por
Henri Cartier-Bresson, são alguns dos exemplos.
Esse momento coincide também com a invenção da câmera
Leica (1925), que, por ser leve,
portátil e dispensar o uso de tripé, libertou o fotógrafo para caminhar livremente nas ruas e
captar flagrantes como ainda
não havia sido possível na história da fotografia. Tal mudança trouxe um grande avanço
para o fotojornalismo, que se
traduziu, por exemplo, no sucesso estrondoso da "Life Magazine", lançada em 1936 por
Henry Luce, para a qual muitas
das fotografias incluídas nesta
coleção foram inicialmente
produzidas.
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