São Paulo, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMIDA

Crítica

Casuale ficou mais simples depois de mudanças no espaço e na cozinha

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

Depois da recente reforma e das mudanças no cardápio, o Casuale ficou mais próximo do que pretendiam os proprietários ao batizá-lo assim. Embora "casuale" em italiano tenha mais o sentido de "por acaso" e não o sentido inglês de "casual" (que pode ser "informal"), foi neste último que o proprietário pensou desde que abriu o restaurante, em 2003. No entanto, a casa era bem mais formal -com decoração sóbria e pratos diferentes e elaborados.
Pois agora o Casuale está mesmo mais informal. O proprietário que toca o empreendimento ainda é o mesmo, o paulista Silvano Pacini, 45, há 30 anos na área de distribuição de alimentos para hotéis e restaurantes. O espaço também continua estruturalmente igual -amplo, alto, dividido em dois pisos e dominado por uma parede de vidro que exibe uma vista ainda bastante arborizada do bairro do Morumbi.
A decoração, porém, ficou menos sóbria, ganhou cores nas paredes e móveis. E a cozinha também mudou com o objetivo de se tornar mais simples e aceitável, adotou o velho esquema de grelhados com acompanhamentos. São seis cortes (como bife ancho, fraldinha, picanha, também um peixe -pintado ou salmão) e seis guarnições (inclusive uma gostosa farofa de maçã, além de batatas e legumes).
Mesmo com essa guinada, a casa não desistiu de manter uma seção com pratos que a diferenciavam. Alguns são novos, outros foram criados na época pelo chef Renato Caleffi, 38, que foi o titular da casa por dois anos e agora retorna como consultor gastronômico (a chef é Marta Carmo, 32, que já trabalhava ali).
São exemplos de sua cozinha eclética e de óbvio apelo fusion sugestões como o atum malpassado ao mel e gergelim com bolinho de mandioquinha, molho de raiz-forte e tempura de legumes e o risoto de camarão, banana e curry, cozido demais.
Com ar brasileiro, carne-seca desfiada com purê de abóbora, couve, arroz branco, "chips" de banana e geleia de pimenta; com ar tailandês, picadinho de filé com páprica, curry e amendoim, mais arroz de abobrinha e banana caramelizada. Na sobremesa, torta de maçã com massa finíssima e leve guirlanda de fatias da fruta.

josimar@basilico.com.br


Texto Anterior: Vinho: Importadora busca goles bons e baratos
Próximo Texto: Bom e barato: Espaço simpático serve cozinha italiana trivial
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.